O Corinthians fechou os nove primeiros meses de 2020 com as contas no vermelho. Em balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, o clube apresentou um deficit de R$ 6,2 milhões até setembro deste ano.
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Afetado pela pandemia do novo coronavírus, o Corinthians também viu sua dívida seguir em alta. Até junho deste ano, ela era de R$ 902 milhões. Em setembro, ficou em R$ 920,3 milhões (crescimento de 38,3% em relação ao fim de 2019, quando era de R$ 665 milhões)
O Timão adota critérios diferentes do ge e considera a dívida como sendo de R$ 824 milhões. As duas contas não englobam o financiamento da Arena - a Caixa Econômica Federal cobra R$ 536 milhões na Justiça.
No primeiro semestre, "turbinado" pela venda de jogadores, o Corinthians conseguiu fechar as contas no azul em R$ 4,39 milhões. Mesmo assim, a dívida já vinha em alta.
Em nota técnica, o departamento financeiro do Timão apontou que o resultado negativo de R$ 10,6 milhões somente no terceiro trimestre foi "causado basicamente pela reversão de valores de patrocínios, afetados pela rescisão de um contrato e pela renegociação de valores de outros contratos vigentes. A situação atípica da Covid-19 no exercício de 2020 tem sido argumento frequente para essas operações."
No curto prazo (vencimento de até um ano), a dívida do Corinthians é de R$ 567 milhões. Isso engloba empréstimos, obrigações com fornecedores, direitos de imagem atrasados, encargos sociais, impostos, entre outros. Já no longo prazo, o endividamento está mais equacionado, sendo R$ 305 milhões referentes a tributos parcelados.
Em 2020, a maior fonte de receitas do Timão tem sido a venda de jogadores. Até setembro, a arrecadação com transferências foi de R$ 186,4 milhões (inclui também valores recebidos via mecanismo de solidariedade).
O Timão negociou André Luis, Clayson, Júnior Urso e Pedrinho, Pedro Henrique e Carlos Augusto além de fatias dos direitos de Claudinho e Gustagol.
A dívida do Corinthians com os direitos de imagem dos jogadores caiu. Era de R$ 116 milhões no primeiro semestre de 2020 e desceu para R$ 105 milhões. O mesmo aconteceu com empréstimos e financiamentos: baixando de R$ 88 milhões para R$ 80Por conta da pandemia do coronavírus, o Timão cortou uma série de despesas. Funcionários sofreram redução salarial de até 70%, ajudas de custos de atletas foram suspensas e equipes de algumas modalidades foram encerradas.
A paralisação no futebol aumentou as dificuldades, com quedas nas receitas de Fiel Torcedor, direitos de TV e patrocinadores.
Nesta quarta, uma das patrocinadoras do clube rompeu o contrato, tirando do Corinthians um faturamento em 2021 de R$ 6,2 milhões.
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