27/10/2015 09:31

Em batalha com o Corinthians, loja oficial afirma sofrer boicote de parceira

Timão pede a devolução do prédio do Parque São Jorge após término de contrato, mas Justiça mantém loja ativa até julgamento. Nike já parou de fornecer material

Em batalha com o Corinthians, loja oficial afirma sofrer boicote de parceira
Loja Poderoso Timão do Parque São Jorge teve seus pedidos de compra recusados pela Nike (Foto: Divulgação)

Enquanto o torcedor aguarda com ansiedade a inauguração da primeira loja oficial do clube dentro da Arena Corinthians, a diretoria do Timão trava batalha judicial para desalojar os atuais administradores da principal franquia da rede Poderoso Timão, localizada no Parque São Jorge, que teve contrato de comodato e prestação de serviços encerrados no mês de setembro.

Protegidos por uma liminar, porém, eles seguem no local até o julgamento da ação renovatória, mas reclamam de suposto boicote da Nike, que não teria autorizado a SPR (empresa que explora as franquias) a repassar os uniformes lançados em 2015 por manter interesse no ponto.

Procurada, a empresa norte-americana disse não comentar "contratos respeitados por cláusulas de confidencialidade". Já a SPR diz que parou de fornecer produtos pelo fim do seu contrato.

Dono da loja desde 2010, o empresário Rodrigo Larioja assinou dois contratos, ambos válidos até setembro de 2015: um de comodato (empréstimo a título gratuito) e outro de prestação de serviços, que dá ao clube 15% do faturamento mensal da loja. Para o advogado Gustavo Vieira Ribeiro, um contrato de locação "maquiado", que tirou deles o direito à renovação automática. Na ocasião, foram investidos R$ 1,4 milhão na loja, valor que o empresário não quer perder.


Diretor da Nike informa à SPR que não entregará mais produtos à loja da sede (Foto: Reprodução de documento)

Ao tentarem renovar no prazo legal, receberam a negativa do Timão, que pediu a desocupação do prédio em até cinco dias. Na Justiça, buscaram a ação renovatória, mas obtiveram uma negativa em 1ª instância, pelo desembargador Antônio Rigolin, na 31ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de SP, que não enxergou no acordo um contrato de locação.

Além de recorrerem à decisão, o advogado buscou um pedido liminar pedindo para que houvesse o direito de permanência na loja enquanto a apelação fosse julgada no tribunal. Direito concedido aos lojistas.

Em resposta, a Nike rejeitou um pedido de compra de novos produtos por parte dos lojistas no valor de R$ 85 mil, à vista.

Em e-mail anexado ao processo (acima), Nuno Silva, gerente geral de futebol da Nike do Brasil, informa à SPR que "a Nike não vai mais oferecer produtos para esse ponto, já que entendemos que temos o direito ao mesmo junto ao clube". Como consequência, os lojistas acionam a empresa para voltarem a receber produtos sob pena de multa de R$ 30 mil para cada recusa de pedido. O processo corre na Vara Cível do Foro Regional da Lapa, em São Paulo.

Copiado no e-mail, André Giglio, diretor de franquias da SPR, lamentou o entrave e disse que os produtos não são mais entregues porque o contrato com a empresa também se encerrou:

– Temos contrato de cinco anos com os franqueados. O deles já acabou (em agosto). Temos condições de renovação, mas uma delas é a confirmação de que vão ficar com o ponto. E ele pertence ao clube. Para renovar, eles precisam ter o ponto, um contrato de locação que nos mostre que nos próximos cinco anos eles estarão lá. Eles estão sem as garantias. Aguardo as definições – diz ele, por telefone, explicando a falta de fornecimento.
Há, porém, um outro pano de fundo. Em 2010, o mesmo Rodrigo Larioja recebeu do clube o direito de preferência para a operação da loja oficial da Arena Corinthians. Presidente em 2014, Mário Gobbi Filho chegou a notificá-lo para que pudesse exercer o direito, exigindo o valor de R$ 5,5 milhões para a montagem da loja (documento abaixo).

Mesmo com a manutenção do interesse, a diretoria do Timão preferiu firmar acordo com a Nike, que repassou a operação para a SPR. Os lojistas veem correlação nos casos e dizem que também buscarão na Justiça uma compensação financeira pela quebra de contrato.

Diretor jurídico do Corinthians, Rogério Mollica não quis comentar sobre a batalha jurídica.


Ação Cautelar- Corinthians (Foto: Reprodução de documento)


Ação Cautelar- Corinthians (Foto: Reprodução de documento)


Lojistas tinham direito à preferência na loja da Arena Corinthians (Foto: Reprodução de documento)


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