Aidar disse que São Paulo teria de pagar cerca de 25 milhões de reais por Pato (Foto: saopaulofc.net)

O destino de Alexandre Pato deverá ser o Corinthians. Ao menos de acordo com o ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar. O cartola, que renunciou ao cargo no dia 13 de outubro, explicou, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, detalhes sobre a negociação que envolve a possibilidade de manter o atacante no Tricolor. Para Aidar, a questão financeira é o maior impeditivo, já que o Tricolor teria de desembolsar um dinheiro que “não tem”.

“O que estava estruturando é o seguinte: o Pato é detentor de 40% dos direitos dele. Na verdade, então, ele custa 60% de 10 milhões de euros. Então, para o São Paulo, custaria 6 milhões de euros (25,6 milhões de reais, pela cotação atual). Eu acho que vale isso. O problema é que o clube não tem esse dinheiro. Mas se você consegue estruturar o fundo de investimento, faz uma captação, acho que vale o investimento para vender o Pato na janela de 2017”, afirmou.

O ex-mandatário garantiu que o atacante estaria disposto a abaixar sua pedida salarial para se manter no Tricolor, mas os ares parecem ter mudado de lado. “O prazo agora é 31 de dezembro, até essa data o São Paulo pode pagar 10 milhões de euros. Eu já tinha conversado com o Pato, aliás junto com o Ataíde, para ele baixar o salário dele, que está fora dos padrões. Ele teria que reduzir bastante para o clube fazer esse esforço de contratação. Ele se mostrou bastante favorável. Mas agora, pelo que eu li, parece que já não está mais entusiasmado. Soube que o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, falou que tinha que preservar o que era do clube. Estou achando que ele volta ao Corinthians”, afirmou.

Aos 26 anos, Pato vive, em 2015, o melhor ano de sua carreira. Em 54 jogos com a camisa do São Paulo, o atleta marcou 26 gols, maior número desde que foi revelado pelo Internacional, em 2006. O atacante foi artilheiro da equipe do Morumbi no Campeonato Paulista, na Copa Libertadores, e é o que mais balançou as redes pelo Tricolor na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, torneios ainda em disputa. Como “garçom”, o camisa 11 também brilhou na temporada, servindo seus companheiros em oito oportunidades.