Emprestado ao São Paulo, Alexandre Pato ainda tem contrato com o Corinthians até o fim de 2016. Apesar do desejo de permanecer no Morumbi, a multa de € 25 milhões (cerca de R$ 109 milhões) e o desejo do rival de recuperar o dinheiro investido podem atrapalhar a vontade do jogador. O camisa 11 já participou de um jantar com Andrés Sanchez, superintendente de futebol do clube do Parque São Jorge, e uma reaproximação já começou a ser costurada. Comentarista do SporTV, Ricardo Rocha não vê o atacante atuando em outra equipe do Brasil, pelo alto valor da negociação, caso não seja vendido para o futebol internacional.
O tetracampeão mundial pela Seleção pediu paciência aos torcedores do Timão, caso o jogador volte ao Parque São Jorge e elogiou a sua qualidade técnica. Ricardo Rocha ainda lembrou que Pato não deixou o Corinthians criticando o clube, em uma negociação que envolveu o meia Jadson, um dos principais destaques do Brasileirão.

- Se tiver uma proposta para fora, ele vai. Dentro do Brasil eu não imagino o Pato atuando em outro clube que não seja o Corinthians no ano que vem. Por mais que exista essa rejeição, o torcedor do Corinthians precisa ser consciente, ele tem um contrato. Tudo bem, ele não saiu do Corinthians e não foi bem. Mas ele não saiu brigado. É como o Jadson. Ele não saiu bem do São Paulo, não estava jogando bem, mas hoje é um dos principais jogadores do Corinthians. É preciso ter paciência com o Pato (...). Eu não acredito que o São Paulo terá condições de renovar o contrato dele, e o Corinthians quer recuperar o dinheiro investido - disse ao "Seleção SporTV".

Depois de ver o jogador se destacar com a camisa do rival São Paulo, a diretoria do Timão decidiu aumentar para € 25 milhões o valor mínimo da negociação. O acréscimo tem uma outra explicação, além do bom momento técnico vivido por Pato. O Corinthians é dono de 60% dos direitos econômicos – o restante pertence ao próprio jogador. Se o atacante for vendido pelo valor pedido pelos dirigentes, o Timão ficará com € 15 milhões (R$ 64,2 milhões), bem acima dos R$ 41 milhões que pagou para tirá-lo do Milan no fim de 2012. A direção diz que não há multa rescisória para o mercado internacional. Anteriormente, o clube falava em € 50 milhões.