23/10/2015 10:09

Do México, Fábio Santos torce pelo Corinthians e lamenta fim do ciclo

Hoje no Cruz Azul, lateral-esquerdo participou de seis partidas da campanha do Corinthians no Brasileirão. Jogador elogia Tite e diz que Ralf merece reconhecimento

Do México, Fábio Santos torce pelo Corinthians e lamenta fim do ciclo
Por quatro anos, o torcedor do Corinthians se acostumou a ver Fábio Santos como o dono da lateral esquerda. A passagem, que começou em 2011, se tornou significativa a partir da saída de Roberto Carlos logo após a eliminação do time na Taça Libertadores, para o Tolima. Foram cinco títulos conquistados. Hoje no México, na irregular equipe do Cruz Azul, ele torce pelo hexacampeonato brasileiro e lamenta o fato de ter deixado o clube antes do esperado.

– Tudo é um ciclo. Que começou, teve uma fase maravilhosa e infelizmente acabou mais cedo até do que eu esperava. Óbvio que gostaria de estar participando, brigando pelo título ou não. Minha vontade era ter permanecido, mas sigo na torcida de longe. Gosto de todos no clube: dos jogadores, da comissão técnica, da diretoria. O carinho é enorme por todos.

Já adaptado à cidade do México, mas sofrendo com a má campanha da equipe no campeonato local (o time é vice-lanterna), o jogador de 30 anos falou sobre a boa fase do Timão em papo com o GloboEsporte.com. Negociado com o clube mexicano em junho e com contrato até o meio de 2017, Fábio também contribuiu para a liderança alvinegra no Brasileirão. Dos seis jogos que participou, o time de Tite venceu três, empatou um e perdeu dois, com dez pontos conquistados de 18 possíveis.
Veja a conversa com o antigo dono da camisa 6 alvinegra logo abaixo:

GloboEsporte.com: Como está sua adaptação ao novo clube e ao novo país?
Fábio Santos: Está boa. Começou melhor do que um pensava até. Tem mais a questão de família, mas as crianças também estão se adaptando bem, minha esposa está gostando. A cidade é bem parecida com São Paulo, tem bastante trânsito, correria, muita gente, várias coisas para fazer, passeios. Tem mais um brasileiro aqui há muitos anos, o Lucas Silva, que tem me ajudado bastante, o que facilita a minha adaptação. (Nota da Redação: O jogador tem dois filhos, Eduarda e Leonardo).

A campanha do Cruz Azul no torneio não é muito boa. O que tem acontecido?
Temos até um time bom, mas como é torneio curto, mudam muito o grupo, contratam muitos jogadores e até rolar entrosamento demora um pouco. Fizemos bons jogos, mas não conseguimos vencer, está difícil para classificar. Tem de ganhar os cinco jogos finais.

Ainda falam do Ronaldinho Gaúcho, que teve uma passagem pelo Querétaro, por aí?
Ele tem uma imagem muito forte aqui, o povo gosta muito de futebol, é apaixonado mesmo. A imagem dele ajudou muito na divulgação do campeonato, eles curtiram. Mas existe também aqueles comentários de festa, o que não foge muito o que gente ouve no Brasil. Mas a imagem internacional dele ainda é muito forte.

Tem visto os jogos do Corinthians? Acompanha a campanha do Brasileirão?
Poucos, mas acompanho diariamente as notícias, vejo os melhores momentos e falo com os jogadores. Tenho acompanhado e a torcida continua grande. Falo com a grande maioria, mais com Renato Augusto e Elias. Com o Renato falo quase todo dia, na verdade.

Como vê os seus substitutos? Uendel, até se machucar, vinha fazendo um bom campeonato. Agora, Guilherme Arana, de 18 anos, assumiu a lateral esquerda.
Uendel é um cara inteligente e entendeu bem o que Tite pediu, que a prioridade dos laterais é marcar. Não foi difícil para ele se adaptar à função. É tecnicamente muito bom, tem tudo para seguir jogando muito bem. E o Arana é um menino de 18 anos, que tem muito a evoluir e amadurecer, e tem profissionais à altura para o ajudarem. Tomara que possa escutá-los, porque potencial ele tem.

Qual a parcela do técnico Tite nessa caminhada? Como acha que ele influencia?
Grande. Já vi muito treinador perder título, mas ganhar foram poucos. Sou suspeito para falar do Tite, mas pode botar na conta dele uma porcentagem enorme dessa conquista. É um cara que trabalha muito bem, é disparado o melhor em atividade no país, competindo com grandes de fora também. Sabe motivar o grupo e você não vê entrevista de nenhum jogador dizendo que está quase com a mão na taça. Tite e a comissão técnica vão manter esse time focado até o final.

Dá para comparar o time campeão de 2011 com esse? Qual é o melhor?
Difícil. Tem dois jogadores hoje que são muito decisivos, o que não tínhamos em 2011, era mais um conjunto muito forte. Ser a melhor defesa não é novidade no Corinthians, nos últimos cinco anos foi assim. O time sempre se defendia muito bem, mas por algum tempo tinha a deficiência de fazer poucos gols. Neste ano, Tite voltou com outras alternativas e aumentou ainda mais o seu leque. Hoje, o momento que vivem Jadson e Renato é a grande diferença em relação à 2011.

Por que Tite teve de sair em 2013? Como explicar a queda de rendimento da equipe?
Em 2013, a gente começou muito bem, ganhamos Paulista e Recopa no primeiro semestre, saímos da Libertadores naquele jogo polêmico contra o Boca Juniors em que fomos roubados dentro de casa (NR: os corintianos reclamam até hoje da arbitragem de Carlos Amarilla). E aí realmente o Brasileiro que fizemos não foi tão bom, acredito que seja normal também fazer uma campanha abaixo da média, tivemos lesões. Não era o momento de se trocar de técnico. Mas tínhamos um presidente que achou que aquele momento era interessante a mudança. Até pediram a opinião de alguns jogadores, todos foram contra, pois confiávamos e acreditávamos no Tite, não à toa que ele voltou agora e tem a chance de conquistar um título.

Perguntaram a você se o Tite deveria ser mantido no comando em 2014?
Sim, me perguntaram, mas acredito que já estava definido. Falei com o próprio Roberto (de Andrade, na época diretor de futebol, atualmente é presidente), com Duílio (Monteiro Alves, ex-diretor adjunto de futebol), Edu (Gaspar, gerente de futebol). Mas o (então) presidente Mário Gobbi tinha outras ideias e acabou optando pela troca.

Como acha que o Paolo Guerrero vai reagir quando entrar na Arena Corinthians pelo Flamengo?
O comportamento dele vai ser normal, é um cara experiente, está acostumado a jogar em todos os campos do mundo com torcida à favor ou contra. Mas óbvio que depois da passagem marcante que teve no Corinthians, sendo um ídolo, se não gritarem o nome dele acho que ele vai ficar chateado por tudo o que passou, pelo título que conquistou, sendo o personagem principal naquele Mundial (de 2012). Acho que só de não ser crucificado já será um bom começo, ele ficaria feliz com isso.

Ralf, assim como você, é um jogador que ganhou todos os títulos recentes pelo clube. A diretoria fala em renovar por um ano e ele diz que quer um vínculo maior, mas pode acabar saindo. Como vê essa situação?
Difícil falar de outra pessoa e de outro contrato, mas óbvio que, vendo de fora, para mim ele é um jogador exemplar, profissional ao extremo, que não perde um treino, todo mundo gosta dele. É vencedor, conquistou muitos títulos, não se lesiona, está sempre jogando...

Acredito que neste momento ele queira o mesmo reconhecimento que eu gostaria de ter tido, de firmar mais dois ou três anos de contrato. Mas é um caso que ele tem de pensar, se vai querer mais um ano ou se vai buscar novos ares. Mas com certeza ele já tem a história marcada na história do clube. Foi um dos melhores profissionais com quem trabalhei.


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