Alan Mineiro ainda toma cuidado ao falar sobre a sua ida ao Corinthians em 2016, praticamente acertada com a diretoria da Ferroviária, com quem tem contrato até agosto do próximo ano.
Apesar de dizer que só falará como jogador do Timão depois de passar por exames e assinar contrato, o meia de 28 anos tem trocado mensagens com o ex-companheiro Lincom para se informar sobre o time e admite que está na torcida para o hexacampeonato brasileiro.
Antes, porém, tenta levar o Bragantino, time ao qual está emprestado, para a Série A do Campeonato Brasileiro.
– Tenho de esperar concretizar 100% para falar, pois ainda não assinei. Estou vivendo uma ansiedade normal. Trabalhei minha vida inteira por essa oportunidade e creio que ela veio no momento certo, um momento de maturidade na minha vida. Encaro como o maior desafio que tive até hoje e tenho certeza que vou dar conta do recado – afirmou ele.
Reforço para o setor de maior qualidade da equipe de Tite, o meio-campo, Alan Mineiro exibe os bons números que tem na Série B do Brasileirão. Até o momento, marcou nove gols e acumulou ainda oito assistências na Segundona. Por isso, acha que se encaixará bem no estilo de Tite.
– Me encaixaria, sim. Venho acompanhando o trabalho do Tite no Corinthians há muito tempo. Sei como ele gosta que jogar, já joguei assim no Japão, onde todo mundo tinha que marcar. O esquema me permitia chegar bastante à área para finalizar, acho que será semelhante – disse.
Alan Mineiro subiu com a Ferroviária para a Série A-1 do Campeonato Paulista
Até se aproximar do Timão, Alan passou por nove clubes brasileiros na carreira: Rio Branco-PR, São Bernardo, Olé Brasil, Águia Negra, Paulista, Boa Esporte e Icasa, além de Ferroviária e Bragantino. Fora do país, defendeu o Albirex Niigata, do Japão, e o Guaraní do Paraguai, algoz do Timão na última Taça Libertadores, em eliminação que marcou a temporada alvinegra.
– Joguei lá em 2009 e foi uma experiência muito boa. As pessoas veem o futebol paraguaio com maus olhos, mas é um campeonato muito disputado e bom tecnicamente. Se tivesse oportunidade de voltar, voltaria para lá. Do time que enfrentou o Corinthians, joguei com alguns deles, como Santander e Benítez. Não é um time de tanta tradição como o Olímpia, mas sempre monta equipes que brigam por uma vaga na Libertadores – analisou ele, sobre o ex-clube.
Há poucos meses, o Atlético-PR tentou tirá-lo de Bragança Paulista para reforçar o time na Série A. Presidente do Massa Bruta, Marquinho Chedid vetou a saída. Como o clube é parceiro do Timão em negócios, as conversas foram facilitadas para que o acerto ocorresse rápido.
Mineiro de Três Corações, terra de Pelé, Alan conta que certa vez visitou a antiga casa do Rei do Futebol, que se tornou um museu, só para deitar na cama do eterno craque, gesto que traz sorte, segundo a crença local. Religioso, brinca que não acredita em sorte ou azar e torce mesmo é pela competência do atual time corintiano para que o Brasileirão seja conquistado em breve.
– Estou na torcida. Chegar em um time campeão, que vai jogar a Libertadores e que estará com a moral lá em cima vai ajudar bastante na minha adaptação – afirma.