19/10/2015 09:18

Hoje rei na Tailândia, atacante lembra período encostado no Corinthians: 'Foi constrangedor'

Vitor Júnior fez apenas oito jogos com a camisa do Corinthians em quatro anos de contrato

Hoje rei na Tailândia, atacante lembra período encostado no Corinthians: 'Foi constrangedor'
GAZETA PRESS

Depois de ficar mais de oito meses apenas treinando separadamente do resto do elenco do Corinthians, o atacante Vitor Júnior vive uma nova fase. Hoje emprestado ao Siam Navy FC, da Tailândia, ele é destaque da equipe e virou objeto de desejo de clubes locais.

De acordo com o empresário Fabrício Kepler, que o levou junto com o centroavante Rodrigo Careca para equipe, o Bangkok United e o Muangthong querem contratar o jogador que tem vínculo até o final do ano com o time paulista, que paga seus salários.

"A adaptação está muito tranquila porque já joguei na Ásia outra vez, meu time briga lá embaixo, mas estou fazendo bons jogos depois de muito tempo sem atuar. Alguns clubes já mostraram interesse em mim", vibrou o atacante, em entrevista ao ESPN.com.br.

Ele estava desde outubro do ano passado sem entrar em campo e com apenas 10 dias de treinamentos fez sua estreia. "Tive problemas com ritmo de jogo porque estava muito tempo sem jogar 90 minutos, agora ficou mais tranquilo. O time é pequeno, mas tem boa estrutura. Está sendo bem válida a passagem por aqui", disse.

Sem chances no Corinthians

Vitor se destacou pelo Atlético-GO em 2011 e foi disputado por clubes como Palmeiras, Fluminense e Corinthians. Optou pela equipe campeã brasileira naquele ano. "Eles me ofereciam quatro anos de contrato e preferi a estabilidade. Sabia que seria difícil jogar, mas mesmo assim esperava que uma hora teria uma oportunidade, pena que não veio", lamentou.


AE
Vitor Júnior defendeu o Botafogo em 2012


Inscrito no Campeonato Paulista, ele perdeu espaço após receber dois cartões amarelos diante do Bragantino.

"Tive a infelicidade de ser expulso em uma partida. Acho que ali pesou bastante na reta final e não fui inscrito na Copa Libertadores", afirmou o jogador.

Para o atacante, porém, outro episódio pode ter sido fundamental para não ter chances no Parque São Jorge. "No meu dia de folga, saí com Adriano Imperador e a repercussão foi outra. Fomos para a comunidade com os amigos dele e no dia seguinte foi notícia em tudo quanto foi lugar. O que mais me angustiou foi que não fizemos nada de errado, nem estávamos relacionados para o jogo e era nossa folga no dia seguinte. O Adriano é um cara do bem e muitas pessoas exageram sobre ele", analisou.

O que mais chateou o gaúcho de 29 anos foi ter feito apenas oito partidas em quatro temporadas. "Fico me martelando querendo saber por que não tive tantas oportunidades. Queria ter pelo menos três ou quatro jogos seguidos e aí poderiam falar se tinha condições ou não. Eu via os jogos com a torcida maravilhosa e tinha uma vontade de jogar imensa", contou.

O jogador então seguiu a sina de todo ano ser emprestado para algum clube: primeiro Botafogo, depois Internacional, Coritiba e Figueirense. Só que em 2015 isso não aconteceu.


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Vitor atua no Navy, da Tailândia


"Foi uma situação constrangedora porque quando voltei neste último ano, o pessoal da diretoria do Corinthians falou que eu seria emprestado. Fui treinar separado junto com outros que estavam fora dos planos como Cachito Ramirez, Paulinho e Renan (goleiro). No começo foi no CT do Corinthians em horários separados e depois fomos parar em Guarulhos junto com as categorias de base", reclamou.

"Ficou um pouco estranho porque independentemente de qualquer coisa, não pedimos para sermos contratados. O Corinthians tem todo direito de não querer contar conosco, mas a gente chegou no início do ano e falaram que queriam nos emprestar. No meu caso não aceitei algumas propostas, porque preciso ver o que é melhor para mim", ponderou.

Batendo continência antes dos jogos

Vitor trocou o ostracismo em um grande clube brasileiro pelo brilho em um mercado emergente, mas ainda desconhecido. "O futebol está crescendo no país, alguns bons jogadores estão por aqui", garantiu.


DIVULGAÇÃO
Vitor Junior (à esquerda) é destaque da equipe


Se o Corinthians é considerado uma religião pelos torcedores, o Navy é nada menos que o clube fundado pelo exército local.

"A gente está bem protegido de todas as formas, dentro e fora de campo (risos). É uma coisa bem diferente, antes das partidas os jogadores locais precisam bater continência e fazer uma reza, mas a gente não (risos)", divertiu-se.

"Na pré-temporada me contaram que rolam umas coisas bem parecidas com quartel mesmo (risos). O clube faz os jogadores acordarem cedo, fazerem exercícios militares como flexão de braço e polichinelo, abdominal, coisas que não são do mundo do futebol", relatou.

Como vínculo na equipe tailandesa acaba quase ao mesmo tempo em que termina seu contrato com o Corinthians, Vitor ficará livre no começo do ano que vem. "Estou aguardando propostas tanto aqui da Tailândia quanto de clubes do Brasil ou outros lugares. Aproveitei minha chance para mostrar meu trabalho e quero fazer um grande contrato ano que vem", finalizou.


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4080 visitas - Fonte: ESPN

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