8/10/2015 16:01

Vaguinho relembra gol que poderia ter quebrado tabu em 1977: “Raiva me motivou”

Ex-ponta direito ficou no banco na segunda partida da final do Paulistão e se irritou com o técnico Oswaldo Brandão, antes de entrar e marcar o único gol do Timão na derrota de virada para a Ponte Preta

Vaguinho relembra gol que poderia ter quebrado tabu em 1977: “Raiva me motivou”
Sexto jogador que mais vestiu a camisa do Corinthians, Vaguinho faz parte da história do clube alvinegro, mas poderia ter ficado ainda mais marcado na memória da Fiel. Com 551 jogos em dez anos dedicados ao time do Parque São Jorge, o ex-jogador marcou 110 gols, mas um deles foi o mais especial para o ídolo do Timão. Sacado da equipe no segundo jogo da final do Campeonato Paulista de 1977 contra a Ponte Preta, o ponta direito não aceitou o banco de reservas e afirmou que isso se transformou em motivação para fazer o único gol do Timão na partida, que poderia ter sido o gol do título e do fim de um tabu de quase 23 anos sem uma taça de campeão.

“O Brandão optou por me tirar do time por uma questão tática. Meu estilo de jogo era de um futebol para frente, e ele optou por aderir uma postura mais defensiva. Quando veio me avisar que iniciaria a partida no banco, eu não aceitei e disse que não ficaria fora da foto do título. Ele me disse que eu entraria no segundo tempo e faria o gol do título. A raiva que eu senti dele naquele momento me motivou tanto que acabei fazendo o gol quando entrei no lugar do Palhinha. A minha ideia era fazer o gol, desabafar com o Brandão e ir embora do jogo, mas pensei muito na minha mulher e na minha filha que era recém nascida, e mudei de ideia”, revelou Vaguinho.

Lateral direito do time de 1977, Zé Maria confirmou a inquietação de Vaguinho ao receber a notícia de que não jogaria o segundo confronto da decisão. “Foi uma situação que marcou muito na nossa vida. Até o próprio comportamento do Vaguinho. Seria para gente aborrecedor se o Vaguinho tivesse ido embora, mas a manifestação que ele teve, em uma decisão, que na hora em que você vai cortar o bolo e o treinador chega para você e fala: ‘Olha, eu vou colocar um outro jogador’, até eu teria tido a mesma reação que ele teve. Mas foi oportuna a participação do João Avelino, do próprio professor Teixeira e do próprio Brandão. De conversar com o Vaguinho. E o Vaguinho até entendeu a situação. Tanto entendeu, que ele foi premiado. Ele entrou depois, no segundo tempo, e acabou fazendo um gol naquele jogo. Então este fato marcou muito, e marcou que a equipe era muito unida”, finalizou.

Essa história tinha tudo para ser eternizada. O jogador preterido que teve a oportunidade de dar a volta por cima e ficar para sempre conhecido como o autor do gol do fim do tabu. Mas a Ponte Preta virou o jogo, e a definição do título ficaria para o terceiro duelo da final.

Após a derrota no segundo jogo de decisão, de acordo com Vaguinho, a preleção do técnico Oswaldo Brandão antes da terceira partida já não abordava questões táticas e, sim, emocionais. “Na preleção antes do terceiro jogo, o Brandão já não falava de tática, era mais na esfera espiritual. Não havia muito o que falar, já que vinhamos de uma sequencia de 40 dias concentrados para jogos decisivos. O incentivo e a orientação naquela altura era mais no sentido motivacional e não tático”, contou.

Vice-campeão brasileiro de 1976, Vaguinho comentou que a pressão da torcida era gigantesca para a conquista do título paulista e que temeu a derrota na grande decisão. “No terceiro jogo, meu medo era de perder o título. O torcedor cobrava muito o resultado, já que o time vinha batendo na trave nos anos anteriores, além do longo período sem títulos. Foi uma pressão muito grande.”

O ponta direita ainda frisou que a equipe campeã de 77 começou a ser formada três anos antes, com poucos recursos financeiros, mas que se fortaleceu e se entrosou, até ser coroada com o título estadual. “Eu estava há sete anos no Corinthians e de jeito nenhum ficaria fora da foto do título, que eu sabia que seria eternizada. Em 74, com a saída de Rivellino, o presidente Vicente Matheus iniciou uma reformulação, com poucos recursos. Foi aí que iniciou a formação desse grupo, que formou um conjunto, ganhou respeito dos adversários e foi se fortalecendo ano a ano. Era um time barato com muita capacidade, que bateu na trave em 76, mas acabou coroando o trabalho com o título de 77”, concluiu.


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