7/10/2015 09:04

Espelho para jovens, Danilo conta motivação para seguir no Timão

De contrato renovado e 'campeão de tudo', meia de 36 anos explica motivação para continuar jogando, se vê como espelho para novatos e descarta sorte do Corinthians no BR-15

Espelho para jovens, Danilo conta motivação para seguir no Timão
Aos 36 anos, multicampeão e atualmente reserva, chegou a hora de dar adeus? Que nada! De contrato renovado com o Corinthians até o fim de 2016, Danilo se vê motivado em treinar, dar exemplo às jovens promessas do Timão e ganhar ainda mais taças pelo clube – já foram cinco! E em seu sexto ano com a camisa alvinegra, há a possibilidade de levantar o sexto caneco – a equipe lidera o Brasileirão com folga de cinco pontos para o vice-líder. E experimenta só falar em "sorte de campeão" em conversa com o meia...

Acho que sorte às vezes é mais trabalho. Não acredito muito em sorte. No futebol você tem que trabalhar, ter qualidade. Se pensar só no lado da sorte, você não vai ganhar nada. Mesmo quem está fora, quem está entrando tem condição de jogar. Isso é a sorte, isso é o trabalho.

No elenco, hoje, há jogadores com metade da sua idade. Os jovens chegam em você e pedem ajuda?

Tem alguns que perguntam, outros não. A gente ali no dia a dia está para ajudar. Se percebemos que tem algo errado, temos que cobrar. E nós mesmos temos de nos cobrar, porque somos os mais velhos, mais experientes, sabemos que servimos como espelho pra garotada, então temos que treinar, ter sempre seriedade.

"Campeão de tudo" qual é sua motivação para seguir jogando?

Tem de ter motivação, motivação para ganhar, até para treinar. Eu, graças a Deus, gosto de treinar muito. Treino sempre no limite, treino no mesmo ritmo que jogo. Você tem que ter cabeça boa e continuar trabalhando, senão não vai a lugar nenhum. Eu sei que, se eu não treinar, não vou conseguir jogar. Hoje em dia até jogador mais novo sabe disso.

Você, sempre tranquilo, tenta passar isso para os mais novos?

É difícil falar, porque depende muito do temperamento da pessoa. Às vezes a pessoa não consegue se controlar. Aqui no Corinthians não tem muito disso porque temos um treinador que cobra isso da gente. Não gosta de jogadores levantando o braço no campo, sendo expulsos. Ele cobra esse respeito mútuo entre nós jogadores e principalmente a ele.

Por ser um dos mais experientes, você já foi incumbido pelo Tite de orientar alguns jogadores?

Não muito. Eu sou um cara que treino bastante, corro para c***, estou sempre no limite. Isso já ajuda bastante. Não precisa de conversa.


Como você quer ser lembrado no futuro, quando parar de jogar?

Ficar marcado por coisas como essa marca recente dos 300 jogos, os títulos que eu ganhei. Brinco com os mais novos: futebol tem que ser campeão, você tem que ter um pouco de sorte de chegar no clube e ser campeão. Se não for campeão, ninguém vai lembrar de você, daquele ano. Eu graças a Deus sempre cheguei nos clubes na hora certa, no momento certo, no lugar certo e fui campeão.

Não basta sorte, né? A questão da visão do atleta importa...
Também tem isso. Você tem que saber a hora e o lugar certos, né? Às vezes tem três, quatro, cinco opções de clubes e você tem que analisar qual é a melhor opção. Minhas escolhas até hoje foram sempre certas.

Nesses 303 jogos no Corinthians, qual foi o mais especial?

Tem a do Mundial... Mas acho que a mais importante foi contra o Santos, na semifinal da Libertadores de 2012. Se eu não empato aquele jogo com aquele gol ali, no Pacaembu, o Corinthians poderia ter sido eliminado, não ganharia a Libertadores inédita. Se eu não faço aquele gol, o Corinthians não passa para a final.

Ao longo da sua carreira, você parece que cresce em partidas importantes. Qual o segredo?

Nada. Mesma coisa para jogo normal eu faço para clássico. Talvez o que faça a diferença é que os outros jogadores podem ficar nervosos nesses jogos grandes, e aí eu ficar sempre tranquilo faz a diferença.

E hoje, essa história de “12º jogador”... A reserva incomoda?

A gente quer jogar, mas tem que respeitar quem está jogando. Só jogam 11 e todo mundo quer jogar. Para o time chegar a algum lugar, vai precisar de todo mundo bem. Futebol tem oportunidades e você tem de estar bem, treinando, pra entrar nas oportunidades. Acontece muito isso no futebol. Eu trabalho dessa forma, procuro sempre ajudar quando entro, sejam dez, cinco minutos.

É melhor assistir ao jogo do banco de reservas do que da TV?

Bom é jogar. Ficar fora é complicado, você vibra e torce demais, fica nervoso porque não pode fazer nada para ajudar. Bom mesmo é jogar.

E jogando bola, qual foi a maior virtude que você adquiriu?

Adquiri experiência para disputar a bola. Quando era moleque, você corre à toa por bolas que não vai chegar. Futebol é posicionamento. Hoje me planejo para estar bem localizado e no lugar certo na hora certa.




Você tem muitos títulos, mas e as pequenas recordações? Cartinhas de fãs, essas coisas...

Esse negócio de carta, foto, eu tenho guardado alguns. Mais para frente é gostoso olhar isso, lembrar. É uma recordação diferente. Futebol é assim, as coisas passam muito rápido, pode ser que você não dê valor pra essas coisas pequenas, mas depois, no futuro é isso que fica. Tem muita coisa em casa, em Goiânia. Fica tudo junto com as camisas dos clubes onde joguei, medalhas...

Então você é daqueles jogadores que gostam de atender os fãs...

Eu gosto muito, sempre que me pedem eu paro, converso... Isso é muito bom. O dia que eu chegar num lugar e ninguém me reconhecer, me pedir uma foto, aí é que vai ser ruim.

Numa entrevista recente, você disse que sua maior decepção era não ter sido convocado para a Seleção. Houve algum momento em que você alimentou grande esperança de ser chamado?

Em 2005, eu estava bem no São Paulo e cheguei a ser cotado. Na época meu empresário ouviu de alguém, ficou sabendo que meu nome tinha sido comentado lá dentro (na Seleção). Mas na época eu estava machucado, com o tendão machucado. Mas cheguei a ser cotado. Isso vai ficar faltando. Mas tudo bem, faz parte.


Qual era seu grande sonho lá no início da carreira e qual é hoje em dia?

Meu sonho era ser jogador profissional. Graças a Deus consegui chegar. Depois de tudo isso aí, esses títulos e marcas importantes que conquistei, meu sonho é continuar ganhando, tendo essa vontade de ser campeão de novo. Temos uma grande chance agora. Para mim seria muito bom ganhar esse Brasileiro.



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