Guitta deixou o Orlândia para defender o Corinthians no início desta temporada (Foto: Ricardo Bastos/Fotoarena)

Goleiro da seleção brasileira e do Corinthians, Guitta está acostumado a sofrer todos os tipos de pressão. Mas ofensas e xingamentos de uma torcida acostumada a vibrar com suas defesas e conquistas, como a do Orlândia, poderiam ter um peso maior, por tudo o que ele fez num passado recente.

O agora camisa 91, que vestiu e conquistou o bicampeonato da Liga Nacional com a 19 grená, teve de ouvir alguns palavrões e gritos de "mercenário" antes e durante a final do Paulista nesta sexta-feira, vencida pelo Timão na prorrogação por 1 a 0, após vitória orlandina no tempo normal por 4 a 2.

Alheio às provocações, Guitta garante não ter guardado mágoas, mas no tom de voz, embora tenha negado, ficou o lamento pela falta de reconhecimento profissional.

- Conquistei muitas coisas aqui. Deixei uma equipe campeã com a responsabilidade de conquistar títulos em outro clube, o que é muito difícil. Eu não fico chateado. É meia dúzia de pessoas que não sabe o que está dizendo. Esses torcedores precisam respeitar os jogadores profissionais. São coisas que entra por um ouvido e sai pelo outro - comentou o goleiro corintiano, que salvou o time de levar uma goleada maior no tempo normal, e fez pelo menos três defesas difíceis na prorrogação.

Assim como fez quando deixou o clube, no ano passado, Guitta explicou os motivos da sua saída.

- Fui muito feliz em Orlândia, mas tive que sair porque eu senti que meu ciclo havia acabado. Eu precisava buscar algo mais na minha carreira, novos desafios, e graças a Deus fomos coroados com esse título - declarou o jogador.