2/10/2015 08:54

Sem Odebrecht, Arena Corinthians tem 'desafio dos 330 dias'

Sem Odebrecht, Arena Corinthians tem 'desafio dos 330 dias'
A Arena Corinthians tem sido um grande trunfo do clube na campanha do Brasileirão 2015
Foto: Ari Ferreira / LANCE!Press)


O fim das obras na Arena Corinthians, anunciado pela Odebrecht na última quarta-feira (30), simboliza o início de uma nova era para a casa alvinegra. Embora ainda restem importantes e valiosos retoques finais, o Timão tem, a partir de agora, a possibilidade de finalmente explorar mais e melhor o espaço, gerando receitas para pagar a obra, cujo valor total é estimado em R$ 1,15 bilhão. A operação da Arena nos jogos é tratada como um desafio superado. Agora, a missão é ainda mais difícil: fazer a engrenagem de Itaquera funcionar quando o Timão não atua lá, como explicou Lúcio Blanco, gerente de operações do local, ao L!.

– Nosso desafio aqui são em 330 dias do ano. Nos outros 35, o estádio está entrando em um processo de normalidade. Nos dias em que não tem jogo é que é preciso gerar valor.

Para isso, o clube tem à disposição uma estrutura faraônica no Setor Oeste da Arena, que à primeira vista se assemelha a um shopping center, mas oferece muito mais. Ali há dois centros de convenção no sexto andar, cada um para 1200 pessoas, estrutura para dois restaurantes (um funcionará diariamente), locais para reuniões de pequeno a grande porte, além de espaços para lojas, sendo que uma será da Nike, fornecedora de material esportivo do Timão.

Contudo, ainda há um entrave para que a casa alvinegra seja explorada em sua plenitude. Embora o Corinthians mantenha uma estrutura comercial e de marketing em seu estádio, no qual profissionais trabalham em busca de clientes e parceiros, existe uma etapa a ser cumprida: a verificação das obras. O clube precisa comprovar que a Odebrecht cumpriu o que estava no projeto arquitetônico da Arena, o que será feito, segundo nota oficial da diretoria, por empresas especializadas. Só então será possível sonhar com a Arena funcionando não só nos 35 dias em que a bola rola por lá.

NAMING RIGHTS

Tão importante quanto utilizar a Arena quando não há jogos é a venda dos naming rights do local. O clube recebeu algumas ofertas (uma delas da montadora de carros Hyundai), mas segue longe de um acerto. O Timão deseja receber R$ 400 milhões. Continua também a busca de compradores para os Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) emitidos pela Prefeitura de São Paulo – cerca de R$ 407 milhões.

EXPLORAÇÃO COMERCIAL DA ARENA

Até o momento, a Arena foi utilizada apenas para eventos de menor porte ou que geraram pouca ou nenhuma renda ao clube. Exemplo recente foi a entrega de moradias populares pela Prefeitura, quando cerca de 5 mil pessoas compareceram. A oportunidade serviu como um teste da estrutura. O local também já abrigou seminários, feira de automóveis e reuniões de pequeno porte. Em jogos, além da bilheteria, o clube já arrecada com o estacionamento do local, exploração do espaço de restaurantes e a comercialização de camarotes corporativos e cadeiras. Segundo a administração da Arena, a operação em dias de partidas já é satisfatória. Agora, o objetivo da administração é atrair cada vez mais eventos de maior porte, como feiras, grandes seminários, palestras, mostras, entre outros. O clube também planeja que espaços para reuniões e encontros sejam utilizados por empresas com maior frequência. Como já foi dito, a Arena terá uma estrutura aberta ao público geral que funcionará diariamente, com um restaurante, lojas e outros espaços comerciais. Além disso, em breve o Timão iniciará visitas monitoradas pelo local. A sala de troféus do clube continuará no Parque São Jorge, mas haverá outros atrativos para o torcedor, que poderá conhecer vestiários, camarotes e outros espaços.

CORINTHIANS x ODEBRECHT

O plano do Corinthians era construir o estádio dentro de um orçamento de R$ 1,2 bilhão. A expectativa do Timão também era de que a Odebrecht encerrasse os trabalhos em Itaquera apenas no dia 19 de outubro. A Odebrecht, no entanto, deixou a construção com um gasto de R$ 985 milhões, faltando portanto mais de R$ 200 milhões. Há a possibilidade de o clube dar continuidade às obras por conta própria ou entrar na Justiça contra a construtora.

O Corinthians diz já ter contrato assinado, desde 2011, com as empresas de arquitetura CDC e DDG, de olho no acompanhamento do cumprimento do Projeto Arquitetônico da Arena. O clube também projeta vínculos com novas empresas. Já a Odebrecht diz que “o escopo das obras foi estabelecido de comum acordo com o SCCP, respeitando os ajustes ou modificações de especificações previstas no contrato e definidas pelo clube como aquelas necessárias para o funcionamento da Arena”.


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