Você viu o jogo Corinthians x Santos na TV?

Então terá percebido que a versão contada pelo senhor Flávio Rodrigues Guerra sucumbe diante das imagens que a telinha exibiu.
É fato que ele não viu o lance do pênalti - e não há dúvidas de que houve pênalti. Mas, embora não estivesse assim tão distante da jogada, só soprou seu apito depois de alertado pelo bandeirinha, lá da lateral do campo.

Dito isso, é mais do que justificável que ele não tenha visto também quem fez o pênalti. Acabou expulsando David Braz e aí é que a coisa pega.
Se o juiz foi agredido verbalmente por David Braz, em meio aos protestos do time do Santos depois da marcação do pênalti, deveria ter expulsado o zagueiro imediatamente, sumariamente, como sempre acontece nesses casos. Agir dessa forma, além de seguir o bom senso, é quase uma reação automática de quem é ofendido.

Mas não foi o que ele fez.
Perdido no lance que não viu, e controladas as reclamações de praxe, o senhor Flávio Guerra claramente vai até a linha de fundo consultar o auxiliar sobre a autoria do pênalti. E só aí, depois dessa conversa onde certamente recebeu uma informação equivocada, tira o cartão do bolso.
Talvez, quem sabe, juiz e bandeirinha estivessem com o raciocínio afetado pelo desumano calor de 38 graus que ardia em Itaquera.
Errar é humano. O pior, contudo, é, em vez de admitir o erro, criar-se uma história para justificar esse erro. E parece ser este o caso do trio de árbitros do clássico de domingo. Se a intenção foi se poupar diante da comissão de arbitragem, escapando de um gancho, o tiro pode sair pela culatra.