Aos 18 anos, Malcom acumula superações dentro e fora de campo nesta temporada. Há três meses, o atacante enfrentou acusação de fraude para retirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ouvindo ameaças de que poderia até ser preso. No gramado, vinha jogando mal e iniciou a vitória sobre o Joinville, no domingo, no banco de reservas. Mas o jogador foi se doando para deixar as dificuldades para trás.

O jovem camisa 21 do Corinthians assegura que o problema que poderia ocorrer com a sua CNH, em julho, nem o afetou. “Não atrapalhou nada. Minha família está sempre do meu lado e sempre fiz o meu trabalho”, indicou Malcom, adotando a mesma receita para entrar no lugar de Rildo e abrir o placar no domingo, em Itaquera.

“Eu estava merecendo ficar na reserva pelo meu desempenho. Sentei no banco vendo que o Rildo merecia, e com certeza isso dá um incentivo a mais para voltar à equipe. Pensei: ‘se eu entrar, não vou dar 100%, mas 120%’. E consegui ajudar a equipe”, sorriu o sincero atacante comandado por Tite.

“Costumo me avaliar muito, e a minha família também, sempre falando a verdade. Eu não estava muito bem nos jogos, confesso que o Rildo vinha entrando bem e mereceu a chance. Infelizmente, ele se machucou no começo do jogo. Tive a minha oportunidade e pude agarrar. Futebol é momento e o momento era do Rildo, mas dei algo a mais para voltar a ser titular”, comentou.

Para não sair mais do time e manter regularidade, Malcom abre mão de qualquer egoísmo para balançar as redes. “Se estiver limpo, finalizo a gol, mas preciso pensar sempre em vencer. Se um companheiro estiver em melhor posição, vou chutar?! Não, tenho de pensar na equipe. E esse trabalho está dando resultado. A felicidade de quem faz o gol nos torna felizes”, declarou o atacante, que deve voltar a ser titular nesta quarta-feira, contra o Inter, no Beira-Rio.