Na última entrevista coletiva no Palmeiras antes do Derby, Marcelo Oliveira tratou de apontar justiça na liderança com sete pontos de diferença do Corinthians, rival de domingo, no Campeonato Brasileiro. Diante dos questionamentos à arbitragem, o treinador preferiu criticar apenas quem apita, já que também se sente prejudicado.

“Não posso, de forma irresponsável, afirmar que alguém está sendo beneficiado”, disse o técnico. “A liderança é justa. O Corinthians está com um jogo regular, uma base de dois anos e um ótimo treinador. Tem uma estratégia definida, marca bem, defesa sólida, toque de bola e velocidade para definir o jogo”, elogiou.

No Palestra Itália, no domingo, Marcelo Oliveira terá que superar mais do que as armas de Tite. O técnico reclama de autoritarismo e despreparo dos árbitros, lembrando que um gol claro de Kelvin na vitória por 3 a 0 sobre o Avaí foi invalidado, prejudicando o saldo de gols do Palmeiras, além de quarta-feira, na derrota para o Goiás, quando Barrios balançou as redes em posição com o jogo 0 a 0 e foi marcado impedimento.

“Está muito difícil fazer gol porque o preparo físico evoluiu muito, a parte tática também. E aí você joga em Goiás, um campo de 110×75, umidade baixa, em um jogo normal, fazemos o gol, que poderia ser validado, porque o bandeira está na linha só para isso, e muda a situação. Tem acontecido em quase todos os jogos”, cobrou Marcelo, exigindo mudanças também na postura de quem apita.

“É profissionalizar, e o árbitro tem de ser menos arrogante e autoritário. Não podemos nem balançar os braços à beira do campo. Você trabalha a semana toda e vê um erro fácil. São muitos lances acumulados, e isso atrapalha”, declarou, avisando que é necessário, sim, falar tanto sobre arbitragem.

“Não tem como não se falar de arbitragem, porque tem erros grotescos. Quem está envolvido, tem o comprometimento com o resultado, há uma indignação grande. Estes comentários deveriam pressionar os árbitros a tentar fazer o melhor resultado”, indicou, já pensando em Raphael Claus, árbitro da Fifa e da Federação Paulista de Futebol (FPF) que apitará o Derby de domingo.