Pouco mais de seis meses depois de deixar o Corinthians com saúde afetada e 18 kg acima do peso, o ex-presidente Mário Gobbi está recuperado. Emagreceu, se livrou dos problemas que afetavam seu bem-estar físico e já vive como um cidadão comum, assumindo um novo cargo em sua profissão.

Conforme apurou o ESPN.com.br, Gobbi anda novamente de bem com a vida, deixando para trás o stress que o acompanhava nos últimos meses de Parque São Jorge. Há alguns dias, assumiu até uma nova função, agora na 1ª Delegacia de Crimes contra a Saúde Pública - antes, o ex-dirigente fazia parte do Departamento de Proteção à Cidadania.


O delegado vem cumprindo a promessa de se afastar totalmente da política do Corinthians. Assim que deixou a presidência, Mario Gobbi estava com a saúde bastante debilitada, tomando uma série de remédios contra pressão, colesterol alto, diabetes e stress. Seu estado, na ocasião, preocupava pessoas mais próximas.

Seis meses depois, a coisa mudou bastante de figura. O ex-cartola já emagreceu 12 kg, principalmente após passar um período de 50 dias internado em um retiro, diminuiu consideravelmente a carga de medicamentos, já tem um quadro de saúde bastante positivo se comparado ao começo do ano e vem mantendo o novo peso conquistado desde então.

Do clube, se afastou como pôde. Nos últimos 180 dias, o delegado participou de apenas algumas reuniões entre sócios e vem tentando não se envolver em absolutamente nada no que diz respeito à política alvinegra. O ex-dirigente foi ao Parque São Jorge votar quando houve consulta aos associados, mas se restringe apenas a presenças mínimas.

No dia a dia, tenta permanecer longe dos holofotes. Não concede entrevistas, só atende telefonemas de pessoas que já estão identificadas em sua agenda pessoal, ignorando números desconhecidos ou privados. Até jornalistas que mantinham certa amizade com o presidente ouviram Gobbi dizer que não quer falar absolutamente nada sobre o clube.

Atualmente, Mario Gobbi dedica seu tempo a ver os jogos do Corinthians de casa e não vai mais ao estádio. Como não tem filhos, costuma almoçar e jantar fora esporadicamente com a esposa - nesta semana, por exemplo, foram ao restaurante O Gato que Ri, no Largo do Arouche, e encontraram por acaso o fotógrafo corintiano Daniel Augusto Júnior.

O ex-presidente também gosta de sair com a cunhada, uma das amigas mais próximas, assim como mantém o hábito de encontrar com sua irmã e cunhado, que às vezes vêm do interior para visitá-lo. Uma das coisas que Gobbi mais aprecia é poder ir para Jaú, sua cidade natal e onde parte de sua família mora.

O ex-dirigente mantém contatos com alguns dos principais nomes que estiveram ao seu lado durante o mandato, mesmo que de forma esporádica. Nos últimos tempos, saiu para cafés com Luiz Paulo Rosenberg e Ronaldo Ximenes, ex-vice e ex-diretor de futebol, respectivamente, apesar de não ver Rosenberg há pelo menos três meses.

No entanto, Gobbi evita falar sobre a política do clube com qualquer um, mas gosta de lembrar que o atual time titular foi montado em seus tempos de presidente. Os 11 titulares atuais, por exemplo, Cássio, Uendel, Gil, Felipe, Fágner, Bruno Henrique, Elias, Jádson, Renato Augusto, Malcom e Luciano, são todos oriundos da gestão passada.

As pessoas do Corinthians que procuraram o ex-dirigente nos últimos seis meses fora do seu círculo de amizades, no entanto, escutaram da boca de Gobbi: "O meu tempo já acabou. O que tinha para falar, já falei quando era presidente". Dessa forma, o delegado vem mantendo a promessa de se afastar totalmente da área política alvinegra. Vale lembrar que, antes de ser presidente, ele foi vice e diretor de futebol, levantando os canecos da Série B, do Paulista e da Copa do Brasil.

Apesar de não falar mais abertamente sobre o clube, Gobbi costuma conversar com os amigos mais próximos sobre o orgulho que teve de presidir o clube do coração, onde chegou ao auge com os troféus do Paulista, da Recopa, da Libertadores e do Mundial de Clubes. "O meu tempo já acabou", comenta sempre, com um sorriso disfarçado, o presidente dos títulos mais importantes da história do Corinthians.


Gobbi, no fim do mandato: 18kg mais gordo, sofrendo de pressão alta, colesterol e stress