Galhardo é derrubado dentro da área durante jogo entre Atlético-MG e Grêmio(Crédito: Reprodução / SporTV)



A 18ª rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por muitas polêmicas em relação aos pênaltis marcados e não marcados. Um desses lances aconteceu no jogo da última quinta-feira entre Atlético-MG e Grêmio, no Mineirão, no qual o zagueiro Erazo bloqueou um chute de Leonardo Silva. No "Seleção SporTV" desta sexta, Leonardo Gaciba, comentarista de arbitragem da Rede Globo, analisou os lances polêmicos da partida.

- Tem ação de bloqueio. Ele (Erazo) está tentando evitar que essa bola chegue ao gol diretamente com o braço. Por mais que a bola esteja indo para fora, neste caso, o árbitro não precisa nem aplicar o cartão amarelo por que não é uma situação de gol. Mas tem que marcar penalidade. É um erro de arbitragem - disse.

O ex-árbitro da Fifa também comentou outro lance no confronto entre Altético-MG e Grêmio. O lateral-direito Galhardo foi derrubado dentro da área pelo atacante Thiago Ribeiro.

- Eu não sei se o contato foi suficiente para derrubar o jogador, mas a queda dele me desculpe né. Botando esse queixo para trás, os pés para frente e fazendo esse tipo de impulsão. Ninguém marca essa penalidade - disse.

Gaciba ainda fez uma análise de outro lance polêmico desta rodada. Na vitória do Corinthians, por 4 a 3 sobre o Sport, Rithely foi bloquar o cruzamento de xx e acabou colocando a mão na bola.

- Eu acho que ele não tocou. Tive o cuidado de ver o replay com o lance ampliado para ver se existia ou não o desvio. Para mim não existe desviou na bola, o corte foi diretamente - disse.

O lance do jogo do Timão na última quarta-feira. Foi muito parecido com um pênalti não marcado na partida entre Cruzeiro e Flamengo, válida pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro.

- O que a Fifa mandou como resposta na questão desse tipo de jogada, Quando a bola bate no braço, são situações nas quais o jogador procura bloquear a bola. Como ele bloqueia a bola? Com o braço, diretamente? Então o árbitro deve marcar pênalti. Quando ele consegue esse bloqueio com outra parte do corpo, no caso (Cruzeiro e Flamengo), ele conseguiu com fazer o desvio com o pé. Aí se cria um fator surpresa. Consequentemente não há a possibilidade dele tirar o braço. Ele foi feliz no seu intuito que era de desviar a bola com a perna.

A partir daí a bola foi desviada em direção ao braço dele. Essa é uma das coisas que usamos para identificar a bola na mão e a mão na bola - disse.