Ao longo de 10 anos completados neste domingo (16), a ONG Proeduc, mantida pelo zagueiro Edu Dracena, do Corinthians, em sua cidade-natal, no interior paulista, já ajudou 227 pessoas com a geração de bolsas de estudos para a realização de cursos profissionalizantes. Dentre os beneficiados, muitos conseguiram alcançar oportunidades em suas carreiras após o apoio e hoje são exemplos de que os frutos do projeto social vão além dos números.
O conterrâneo do jogador, Michel Cezário, 28 anos, era servente de pedreiro quando começou o curso técnico de enfermagem. Com a ajuda da ONG, ele conseguiu concluir os estudos e há seis anos trabalha na função que almejou.
– Eu sempre quis ser enfermeiro. Comecei o curso pagando normal, mas na metade quase desisti, por causa da minha situação financeira. Foi quando me sugeriram a bolsa pela Proeduc, e eu pude então me formar. Hoje trabalho em uma unidade de saúde e já estive empregado em dois hospitais – diz Cezário.
Francieli se formou em 2011 no curso técnico de edificações
Em 2011, quando Edu Dracena jogava pelo Santos, Michel visitou o atleta no CT da sua ex-equipe e pôde agradecê-lo pela ajuda. Quatro anos depois, o sentimento do dracenense é o mesmo.
– Cada ano que passa consigo crescer mais na profissão. Vou agradecê-lo quantas vezes for possível, só não vou torcer para o Corinthians (risos) – comenta o torcedor do Palmeiras.
A estudante Francieli Stefani Cofani, 21 anos, esteve com Michel na visita ao atleta. Com o benefício de bolsista, a jovem realizou o curso técnico de edificações quando estava no ensino médio.
Hoje cursando engenharia civil em uma universidade em Campo Mourão, no interior do Paraná, a dracenense comenta que duas situações em sua vida mostram como a ajuda de Edu Dracena foi fundamental.
– Na escola, eu estava em dúvida sobre qual faculdade seguir. Pelo curso, eu pude conhecer a área, gostar dela e optar pela faculdade. Além disso, eu entrei no ensino superior com um conhecimento que muitos alunos não tinham. Isso me ajudou bastante e agregou muito ao meu currículo – comenta a jovem, que está no 3º ano dos estudos.
– Eu gostaria de parabenizar o Edu pela iniciativa em ajudar o próximo. Agradeço por ele ter me dado a oportunidade. É um sentimento de gratidão que vou levar para o resto da minha vida – completa.
História
A ONG tem como público-alvo jovens e adolescentes carentes maiores de 16 anos. Hoje, 20 pessoas têm seus estudos mantidos pela organização. Recentemente, o zagueiro recebeu uma homenagem no CT Joaquim Grava.