A questão no Corinthians não é mais quem vai pagar o Pato, mas para quem pagar os direitos de imagem do atacante. A direção corintiana recebeu uma carta da Sil Serviços informando que a empresa não é mais responsável por receber essa remuneração do atleta. Assim, o alvinegro diz não saber para quem depositar R$ 400 mil mensais.

Por sua vez, o São Paulo recebeu nesta semana um comunicado oficial no qual a diretoria alvinegra alega que o contrato com a Sil para pagamento dos direitos de imagem do jogador foi rescindido. Essa é uma das justificativas dos corintianos para sustentarem que não precisam mais renovar uma carta de crédito que garantiria o pagamento de sua parte nos direitos de imagem do atleta enquanto ele estiver emprestado ao São Paulo. Os tricolores tinham notificado o rival sobre a não renovação, que determina multa de R$ 10 mil diários, a partir de 15 de fevereiro deste ano.

Apesar de falar em rescisão, o Corinthians não se sente desobrigado a pagar os direitos de imagem de Pato, só não sabe para quem depositar o dinheiro a partir de agora.

Vale lembrar que quando foi acionado por Pato na Justiça, o clube alegou que os direitos de imagem dele não poderiam ser considerados salários disfarçados, como afirmara o jogador, pois o pagamento não era feito para ele, mas para a Sil. A comprovação de atraso salarial de pelo menos três meses seguidos teria dado ao jogador o direito de se desligar do clube sem pagar multa. Na ocasião, o Corinthians quitou os valores atrasados e encerrou a briga na Justiça.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa de Alexandre Pato disse que não conseguiu entrar em contato com o jogador até a publicação deste post. Gilmar Veloz, agente do atacante, não quis se pronunciar. Afirmou que as perguntas deveriam ser dirigidas ao Corinthians. Já o departamento jurídico corintiano respondeu declarando apenas que há novidades no pagamento dos direitos de imagem do atacante. E informou que só poderia falar sobre o assunto depois de acertar com o São Paulo como será feita a quitação de parte da remuneração de Pato a partir de agora. Leonardo Serafim, diretor jurídico do São Paulo, também disse que não poderia dar entrevista sobre o tema. O clube tricolor paga R$ 100 mil de imagem para o atacante, além de R$ 300 mil de salário, e não foi informado de mudanças no acordo inicial pela Sil.