A diretoria do Corinthians diz ter recebido várias sondagens de clubes interessados em Alexandre Pato. Está ansiosa para vender o jogador. E se isso acontecer, o São Paulo põe algum no bolso?

Dificilmente.

O clube do Morumbi só receberá alguma coisa se o atacante for vendido antes do final do ano, quando termina seu empréstimo, por uma quantia superior a 17 milhões de euros. Hoje, a soma parece fora da realidade do mercado.

A cláusula 3.3 do contrato de empréstimo, obtido pelo blog, diz que o clube tricolor ficará com 10% do valor que ultrapassar 17 milhões de euros. Se a venda for feita por menos, o São Paulo fica sem nada. O Corinthians pagou 15 milhões de euros pelo atacante.

Uma negociação no ano passado teria dado aos tricolores 10% do montante total. Mas ela só poderia ser feita a partir de 15 milhões de euros.

Agora, o São Paulo é obrigado a liberar Pato ou a igualar a oferta em 48 horas se aparecer alguém disposto a pagar 10 milhões de euros.

Os são-paulinos querem manter o atacante, mas sem precisar desembolsar uma alta quantia. Como mostrou o blog, o clube tenta usar a seu favor uma cláusula que obriga o Corinthians a renovar garantia bancária que assegura o pagamento de sua parte nos direitos de imagem do atleta. Como a renovação não foi feita, o alvinegro ficou sujeito ao pagamento de multa de R$ 10 mil diários a partir de 15 de fevereiro. O valor da penalidade já é de aproximadamente R$ 1,3 milhão e o São Paulo quer negociar a troca da multa por mais um ano de empréstimo.

Porém, o Corinthians entende que não precisa mais apresentar a garantia bancária e respondeu uma notificação extrajudicial enviada pelo rival sobre o assunto. As duas diretorias, no entanto, não revelaram ao blog o teor da resposta corintiana.

A falta de renovação da garantia também aumenta para 20 milhões de euros o valor mínimo de uma oferta por Pato que obrigue o São Paulo a liberar o jogador.