Há pouco mais de um ano e meio, Jadson via sua carreira em xeque quando se reapresentou ao São Paulo para a temporada de 2014. Acima do peso, o meia entrou em rota de colisão com o técnico Muricy Ramalho e passou a ser reserva.

Preterido pelo comandante, que preferiu dar sequência a Paulo Henrique Ganso, Jadson já sabia que seria negociado. Não sabia que iria para o maior rival do Tricolor e se reencontrar nas mãos de outro técnico: Tite.

Às vésperas do clássico deste domingo contra o ex-clube, Jadson busca os melhores números de sua carreira e agradece a confiança dada pelo corintiano, que assumiu o comando do time no início de 2015. Em 2014, envolvido em troca com Alexandre Pato, o meia viveu boa fase sob a batuta de Mano Menezes, mas teve oscilações.

Desta vez, a regularidade voltou. Com Tite, Jadson melhorou ainda mais nas assistências e passou a fazer muitos gols. São nove no ano até agora.

– A parcela do Tite é muito grande. Desde que chegou, ele sempre disse que contaria comigo. Isso pesou bastante, tive propostas para sair. Acho que uns 80% foi o Tite, por causa da confiança que depositou em mim – disse o meia.


A contribuição do técnico é tão grande que Jadson pode superar marcas que atingiu no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, clube que defendeu por oito temporadas, até 2012.

No país europeu, sua melhor performance em gols foi em 2009/10, quando foi às redes 13 vezes. Com cinco meses até o fim do ano, ele precisa de cinco gols para fazer de 2015 seu melhor ano como artilheiro.

– Estou feliz com o meu rendimento. Estou tentando ajudar a equipe da melhor maneira possível. A confiança que o Tite me passou no começo do ano foi fundamental. Venho trabalhando forte. Todos no grupo estão pensando em buscar o título – comemorou Jadson.

Não à toa, a troca do São Paulo para o Corinthians foi decisiva em sua carreira. Por isso, no domingo, ele vai enfrentar o ex-clube sem qualquer mágoa do passado.
– Mágoa? Não tenho nenhuma, não – resumiu.