Cristian iniciou sua segunda passagem pelo Corinthians no dia 5 de janeiro, sorridente, animado e dizendo que não descartava novas provocações ao rival São Paulo.


Quase sete meses depois e às vésperas de um clássico contra o clube do Morumbi, dia 9 de agosto, na casa do adversário, o volante tem pouco a comemorar.


Cristian se recuperou recentemente de uma lesão na panturrilha direita e não participou dos últimos nove jogos do Timão no Campeonato Brasileiro. Em melhor condição física, ele tem semana livre para tentar ao menos ser relacionado para o banco de reservas no Majestoso.


Foi justamente a parte física que atrasou a recuperação de Cristian. Ele se machucou no dia 13 de junho, contra o Internacional, na arena, e tinha prazo de retorno estimado em 30 dias. O tratamento clínico foi como o esperado, mas ele demorou a atingir um bom índice físico.


Mesmo tendo participado de treinos coletivos e trabalhos mais intensos com bola nos últimos dias, a decisão sobre sua utilização contra o São Paulo sairá apenas a poucos dias do clássico.


– O Cristian está seguindo sua programação normal. Não há pressa para ele jogar, tem o tempo de ele se recuperar e ficar no mesmo patamar dos demais – disse o técnico Tite, no início da semana.


Aos 32 anos e com vencimentos mensais no patamar de estrelas da equipe, Cristian mal conseguiu ajudar o comandante nesta temporada. São apenas 16 jogos e um gol – contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista.


No elenco, Cristian só tem mais jogos em 2015 do que Ángel Romero (última opção do ataque), Rodriguinho (reintegrado ao elenco há um mês) e garotos da base – casos de Marciel, Rodrigo Sam e Matheus Pereira.


Os problemas começaram na pré-temporada, quando o volante viajou com o elenco para os EUA, mas sequer treinava no time reserva. Com uma pubalgia, Cristian recebia cuidados especiais do fisioterapeuta Bruno Mazziotti. Ele não participou dos amistosos disputados contra Colônia e Bayer Leverkusen.


Cristian não atuava profissionalmente desde maio de 2014, e por isso houve cuidado maior em sua preparação física. A demora, porém, fez ele perder espaço para Ralf, hoje reserva, e Bruno Henrique, atual titular e que vive boa fase. Mesmo se voltar contra o São Paulo, o volante terá muito trabalho se quiser se firmar até mesmo como opção no banco.