20/7/2015 13:19

Atleticano sem ingresso vai processar Corinthians e CBF e pedir interdição da Arena

Torcedores do Atlético-MG ficaram do lado de fora da Arena Corinthians, em Itaquera

Atleticano sem ingresso vai processar Corinthians e CBF e pedir interdição da Arena
Centenas de torcedores do Atlético-MG que viajaram para São Paulo não conseguiram ingressos e, por isso, não puderam assistir ao jogo contra o Corinthians, no último sábado, em Itaquera. A situação, porém, gerou revolta. De um lado, a diretoria do Parque São Jorge deu suas explicações, responsabilizando a cúpula mineira, que, por sua vez, se defendeu.

Irritado com o ocorrido, um advogado atleticano, morador do Rio de Janeiro, que ficou sem a entrada decidiu que vai entrar na Justiça em busca de seus direitos, contra o time paulista, mandante da partida, e a CBF, organizadora do Campeonato Brasileiro.

Segundo o Estatuto do Torcedor, são esses os dois responsáveis pela organização dos confrontos, pela venda de ingressos e pela segurança no estádio.

De acordo com a argumentação de Custódio Pereira Neto, foram várias as falhas cometidas nesse final de semana, desrespeitando a lei federal. A principal foi a de não cumprir o artigo que prevê a venda de entradas 72 horas antes do evento.

"Foram várias falhas e desrespeitos. O Estatuto do Torcedor, que é uma lei federal, manda que o clube mandante venda os ingressos 72 horas antes, mas isso não aconteceu. Eles alegam, normalmente, que é por uma questão de segurança que não fazem. Mas é uma lei federal e isso tem de ser cumprido", disse o advogado, em contato com a reportagem.

"Se o Corinthians não quis separar os 10%, seja porque o Atlético só pediu 170 ingressos, seja por qualquer outro motivo, tudo bem. Ele não tem essa obrigação. Mas, tinha a obrigação de avisar com antecedência como ia funcionar e dar clareza para as coisas", completou.

O torcedor ainda alega que houve privilégio das torcidas organizadas. "As organizadas de BH não compraram no dia. Havia já uma parte especial separada. Por que as organizadas têm preferência? Por que têm privilégio? Eu tenho direito, assim como qualquer outro torcedor", questionou Neto.

"Além de não ser transparente, de não cumprir o prazo de 72 horas, vem uma parte mais grave. O Corinthians não deu segurança. Eu não podia ir embora antes, porque o metrô estava cheio de corintianos. O espaço para a gente caminhar para shopping estava cheio também. A PM não tinha contigente para nos levar. Ficamos presos", contou.

Por conta disso, além de entrar na Justiça cobrando o ressarcimento de suas passagens aéreas, da reserva do hotel e uma indenização por dano moral, o atleticano também vai entrar com uma representação no Ministério Público de São Paulo para que seja solicitada a interdição do estádio em Itaquera até que a logística para resolver visitantes seja resolvida. Ele disse que vai procurar também o Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Vale lembrar que essa não foi a primeira vez que torcedores adversários tiveram problema para entrar na nova casa corintiana.

"Eu vou abrir um processo contra o Corinthians e a CBF, primeiro. Ao mesmo tempo, vou entrar com uma representação no MP informando esses fatos e pedindo a solicitação de interdição de Itaquera até que ofereça segurança. Eu, como torcedor, não posso pedir isso sozinho, mas o MP pode e deve pedir".

"E vou buscar o STJD também, para reportar os fatos e pedir punição administrativa no campeonato, como prevê o Código Brasileiro de Justiça Desportiva".


Boletim de Ocorrência de torcedor do Atlético-MG que não conseguiu entrar na Arena

Custódio Neto já fez seu boletim de ocorrência. Ele contou que demorou para conseguir abrir o procedimento, pois policiais militares o orientaram a não ir na delegacia por conta da violência na região.

"Eu tentei ir até a delegacia mais perto, que deveria atender ao torcedor, mas não consegui. Os policiais militares me falaram que eu podia ir, mas a chance de eu ser roubado era muito grande".

"Faço questão de dizer que eu espero sinceramente que o Atlético não devolva na mesma moeda. O torcedor do Corinthians não tem nada a ver com isso. Eu não quero isso pra ninguém. Vi famílias em situação complicada no sábado e não desejo o mesmo para outros", finalizou.

O Corinthians, no sábado, alegou que desde, a inauguração da arena, liga para as diretorias rivais para saber o número exato de ingressos que deve separar para os jogos e cumpre sempre com isso. Para esse fim de semana, o Galo solicitou 170 entradas. Além dessas, outras 800 foram disponibilizadas, metade para caravanas, metade para bilheteria expressa, no dia do duelo.



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