17/7/2015 14:41
OPINIÃO: Fenômenos, arenas em SP chegam a 1,3 milhão de público em 2015
Arenas de Timão e Verdão tornam bons públicos uma rotina aos clubes. Os dois rivais, juntos, arrecadam mais do que outros cinco gigantes somados
Mais de 30 mil corintianos estarão em Itaquera neste sábado para um dos grandes jogos da rodada: Corinthians x Galo. Quase 40 mil palmeirenses irão ao Allianz Parque no domingo para o clássico entre Palmeiras e Santos. Os dois manterão altas suas respectivas médias de público e renda, disparadas as melhores do Brasil em 2015, em um fim de semana de casa cheia também em outros cantos do país, em especial no Maracanã e na Arena Pernambuco. Os modernos estádios, que ainda convivem com justas críticas à elitização e buscam um meio termo na questão preço, encherão.
O Maraca cheio para ver o Flu ainda é ponto fora da curva (o Tricolor leva em média 11 mil ao estádio neste ano). E para ver o Fla, incrivelmente, também é: a média da maior torcida do país em 2015 só chega perto dos 22 mil. Palmeiras e Corinthians, desde que abriram seus estádios em 2014, transformaram estádio cheio em regra na capital paulista.
Quase 1,3 milhão de pagantes foram ao Allianz Parque e à Arena Corinthians desde janeiro. É casa cheia da estação Palmeiras-Barra Funda até a Corinthians-Itaquera, os dois extremos da linha vermelha do metrô.
O Timão jogou na Arena 21 vezes nesta temporada: renda bruta total de R$ 40,2 milhões (média de R$ 1.917.865) e cerca de 650 mil pagantes (30.896 por partida). O Verdão atuou em casa em 22 jogos: R$ 43,7 arrecadados (média de R$ 1.987.887) e mais de 630 mil pagantes, o que dá 28.674 por partida até o momento.
Juntas, as duas arenas paulistas movimentaram R$ 83,9 milhões em bilheteria em pouco mais de seis meses. Isso corresponde à renda bruta somada no ano de Internacional, Flamengo, Atlético-MG, Cruzeiro e São Paulo, os outros clubes com melhores públicos no Brasil nesta temporada, pela ordem.
O modelo adotado pelo Corinthians para ter um novo estádio ainda “enforca” o clube: toda a renda líquida vai para um fundo a fim de quitar a dívida feita na obra. Já o Palmeiras, descontando os custos operacionais da casa erguida pela WTorre, já colocou, limpo, no bolso cerca de R$ 25 milhões, valor que supera o patrocínio master da Crefisa por um ano todo de contrato, por exemplo.
As duas arenas alavancaram os programas de sócios-torcedores. O corintiano que pega R$ 13 por mês no plano consegue ingressos de R$ 30 a R$ 40 no setor mais barato em Itaquera. O palmeirense que paga R$ 30 por mês tem direito a meia no “setor popular”: também já variou de R$ 30 a R$ 40 neste Brasileirão. Quem paga R$ 110 por mês tem ingresso livre para tal setor sempre e desembolsa até R$ 30 em outros bons lugares.
Nota-se que os clubes ainda fazem testes. O Palmeiras sobe e baixa o preço de acordo com a partida. O Corinthians ainda cobra muito caro (R$ 250) em um setor que vive vazio. O Alviverde já fez isso, agora vende tais espaços mais nobres a R$ 160 e R$ 200 (inteiro). São os primeiros passos, ainda, de um mundo novo para tais clubes centenários.
Penso que cabe todo mundo num estádio: pobre, rico e milionário. Paixão não tem classe social. O que não se pode negar é que os dois rivais paulistas encontraram uma forma de obter boas receitas, com sócios e bilheterias. Não é o que sempre cobramos para ver o futebol melhor? Triste, ainda, é ver um gigante como o Vasco jogar para 2.689 pagantes (R$ 63 mil), como na quarta, em São Janunário. Se alguém acha isso “romântico”, que me perdoe. Tal tipo de “romantismo” levará o futebol de vez para o buraco...
A média de público do Gigante da Colina em 2015 não chega a 10 mil pagantes. A do Santos não chega a 9 mil na Vila Belmiro. São números parecidos com o do Joinville. Joinville! Joinville, lanterna e caçula da Série A. Estamos falando de Santos e Vasco! Dois gigantes! Dois atuais campeões estaduais.
Quem sabe um dia não veremos uma rodada completa de estádios cheios pelo Brasil. O fim de semana promete com Timão x Galo, Verdão x Peixe, Flu x Vasco, Fla x Grêmio, Sport x São Paulo... É possível que os 205.305 pagantes da última rodada sejam superados. Só uma vez a casa dos 200 mil foi batida em 2015. Apenas em quatro rodadas em 2014...
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