Renê Júnior ainda tem futuro indefinido (Foto: Ivan Storti)

A negociação entre o Corinthians, o volante Renê Júnior e o Guangzhou Evergrande, clube chinês com o qual o jogador tem contrato até o fim de 2017, estacionou. Antes dada como certa, a transferência por empréstimo já corre riscos de não acontecer, embora ainda haja otimismo entre as partes envolvidas.

Dois fatores fizeram com que as conversas emperrassem nos últimos dias. O primeiro foi que o Guangzhou quer que o Timão pague integralmente os salários do atleta, já que aceitou liberá-lo gratuitamente. A diretoria alvinegra, por sua vez, pretende dividir os ordenados do marcador com os asiáticos. O segundo fator é a fartura de volantes do elenco. O Corinthians acreditava que negociaria Ralf, que chegou a ter oferta dos Emirados Árabes e entrou da mira do Galatasaray (TUR), mas o jogador segue no grupo. Além dele, o técnico Tite tem à disposição Bruno Henrique, Cristian e Marciel, que desempenham função parecida, além de Elias, que também é volante, mas costuma sair mais para o ataque.

Como Ralf não se transferiu, há membros da cúpula alvinegra que acreditam que Renê seria desnecessário ou poderia causar até mesmo insatisfação no elenco. A pressão cada vez maior para que jovens da base sejam utilizados no time profissional também aumenta a resistência contra a chegada de mais um volante.

Incomodado com a demora, o empresário de Renê, Eduardo Uram, pretende definir a situação do jogador na próxima semana. Embora haja esperança de acerto com o Timão, ele cogita conversar com outros clubes brasileiros.

O atleta não pretende voltar à China, onde sabe que não será aproveitado. Recentemente o Guangzhou Evergrande contratou Robinho e Paulinho, aumentando ainda mais o número de brasileiros em seu elenco, que já contava com Alan, Ricardo Goulart e Elkeson. A liga do país só permite quatro estrangeiros por equipe, sendo que apenas três podem ser relacionados para cada partida.