O “Corinthians de Tite” (expressão da qual o treinador não é fã) iniciou 2015 com o melhor futebol entre os clubes do Brasil. Deitou e rolou nas primeiras fases da Libertadores e do Paulistão. Uma sequência de deslizes, porém, colocou o time sensação em crise: dentro de campo, eliminações nos torneios estadual e sul-americano; fora das quatro linhas, saídas de ídolos como Guerrero, Sheik e Fábio Santos, além de complicações financeiras.

Após enfrentar momentos de caos, contudo, a equipe dá sinais de sobrevida. Os mais animados já dizem que o “Corinthians de Tite” está de volta. Abaixo, quatro dos pilares responsáveis pela recente ascensão do time alvinegro:

1) Defesa

O Corinthians conseguiu, talvez pela primeira vez na temporada, consolidar um sistema defensivo “perfeito”. Em maio, foram 6 jogos e 5 gols sofridos. Em junho, 5 jogos e 6 gols. Em julho, já são 4 jogos e nenhum gol levado. Fagner, Felipe, Gil e Uendel vão dando conta do recado.

2) Caldeirão

Após sofrer dois vexames em casa (eliminações para Palmeiras, no Paulistão, e Guaraní, na Libertadores), Corinthians voltou a se tornar “imbatível”. Nos últimos quatro jogos, quatro vitórias, com oito gols a favor e dois contra. Caiu em Itaquera…

3) Escalação

Tite repetiu, por quatro jogos seguidos, o mesmo time (fato até então inédito no ano). Jadson e Elias, no meio de campo, estão em ascensão e vivem grande momento. Renato Augusto vive seu auge físico desde a chegada ao Corinthians. Uendel e Malcom assumiram a titularidade sem esboçar qualquer indício de “falta de ritmo”.

4) Projeto

Enquanto dez técnicos já caíram somente entre os 20 clubes da Série A, Tite jamais correu riscos de demissão. Nem torcida, nem dirigentes cogitaram internamente a saída do treinador após derrotas e eliminações. Essa, aliás, é a políica do Corinthians desde o fim de 2007, quando Mano Menezes chegou para inciar a reconstrução do time então rebaixado à Série B. O atual contrato de Tite com o Timão vai até dezembro deste ano.