14/7/2015 15:50
Reserva de Cássio se notabiliza como bombeiro corintiano. E não se importa
Walter tem média de 0,81 gol sofrido por jogo no Corinthians. Índice de Cássio (0,72) é um pouco melhor
Entrar durante o jogo é quase sempre uma situação difícil para os goleiros, mas não para o corintiano Walter.
Pela segunda vez na temporada, o goleiro precisou ser acionado no Corinthians em situação do tipo e respondeu muito bem. Com a lesão de Cássio no Maracanã, Walter entrou contra o Flamengo e em poucos segundos precisou praticar uma defesa milagrosa. Contribuiu, naquele momento, para vitória por 3 a 0. Diante do Palmeiras, no Paulista, Cássio foi expulso e Walter também apareceu com defesa importante na frente do lateral Lucas - naquele dia, o Corinthians venceu por 1 a 0.
Walter é o tipo de reserva que não compromete. Está no Corinthians desde 2013, jogou 27 partidas e, mesmo se você forçar a memória terá dificuldade em se lembrar de alguma falha dele. Ao recusar a possibilidade de ser titular da Ponte Preta para seguir no banco de reservas de Cássio, em janeiro, reforçou a identificação com as cores corintianas. Isso não seria possível, claro, não fossem defesas como a que fez no Maracanã.
Abaixo, Walter responde cinco perguntas ao UOL Esporte:
Como foi aquela defesa realizada no chute do Marcelo Cirino e como é ter de ir a campo nessas circunstâncias?
Não é nada fácil, porque goleiro é difícil de entrar. A gente tenta estar focado no aquecimento, mas nunca tanto quanto precisa. Eu já fui me preparando durante o primeiro tempo, quando o Cássio sentiu. Ele até segurou um pouco para eu me aquecer melhor, terminar o primeiro tempo, e logo no começo do segundo eu entrei. Teve o chute do Marcelo logo de cara, que consegui evitar. Ali poderia iniciar uma reação do Flamengo. Fico feliz pelo trabalho feito e agora é esperar a semana para ver o que ocorre até sábado.
Como que é trabalhar sabendo que a chance de ser titular do Corinthians, por melhor que você seja, é difícil em função da idolatria do Cássio?
Procuro sempre fazer o melhor em todos os treinos, para estar à altura do Cássio e manter o que ele tem feito. Procuro sempre fazer meu melhor para trazer os resultados. Entrar no meio do jogo é difícil, porque nunca sabemos quando vamos entrar. Mas tem que entrar e mostrar o melhor, não falhar e, com isso, sempre ser bem visto.
No início do ano, houve a possibilidade de você deixar o Corinthians, até por essa questão de jogar pouco. Quais os motivos que te fizeram optar pela permanência mesmo sabendo que é difícil ser titular?
O motivo é por ser o Corinthians. Quem não quer estar no Corinthians? Cheguei como quinto goleiro e hoje sou o reserva imediato. Consegui crescer muito aqui, sempre fazendo o meu melhor e por isso que eu quero continuar.
O Cássio foi um dos jogadores mais criticados na Libertadores em função da falha com o Guaraní. O que você disse a ele sobre aquele lance?
A gente nem procura falar sobre este tipo de assunto quando acontece algo ruim. Fazemos isso um pouco depois de alguns dias, até para digerir. É uma fatalidade, algo que acontece e infelizmente tem que levantar a cabeça e seguir em frente. Sempre levar como aprendizado para depois voltar a fazer o melhor novamente.
Pensando a longo prazo, você vislumbra a possibilidade de ir a outro clube em que possa jogar mais vezes? Ou a sua ideia é seguir no Corinthians por bastante tempo?
A gente sempre pensa em jogar e fazer o melhor na equipe. Mas estou muito feliz no Corinthians, pretendo permanecer aqui e trabalho para isso, para ficar o maior tempo possível no clube. Quero fazer sempre o meu melhor e ficar o maior tempo possível.
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