A última vitória do Corinthians jogando no Maracanã aconteceu em 15 de agosto de 2007 e, sem muita razão aparente, me recordo bem da fatídica partida. Tanta coisa mudou em oito anos.


O clube ainda tentava juntar os cacos na temporada seguinte ao término da parceria com o grupo de investimentos MSI e montou um elenco modesto para o Brasileirão.


Era um misto de jogadores da base, como Fabio Ferreira, Nilton, Bruno Octávio (vulgo “agora eu se consagro”) e Willian, com reforços dignos de desconfiança. O boliviano Arce e o centroavante Finazzi formavam o ataque da época. Carpegiani era o comandante da barca que parecia - e se confirmou meses depois - furada.


O lendário estádio carioca viu um Corinthians motivado vencer o Botafogo por 3 a 2. Nilton, Arce e Finazzi marcaram para o alvinegro. Nilton, em gol contra de cabeça, e Dodô descontaram para o mandante.


Finazzi ou “Finalizza”, para os íntimos, quase marcou um golaço por cobertura chutando da intermediária. Momento raro de brilhantismo daquele time.

Veja a quase pintura do então camisa 9 (aos 7 minutos e 41 segundos do vídeo):



Em 2007, o Corinthians mandava suas partidas no Pacaembu. Os atletas não ganhavam altos salários. A cota de patrocínio não superava os 20 milhões anuais. Não existia centro de treinamento. E o assunto Libertadores era quase proibido para evitar piadas dos rivais.


Em 2015, o Corinthians tem seu próprio e moderno estádio. Remunera bem a ponto de pagar 400 mil reais/mês para um atacante jogar no São Paulo. Dobrou o orçamento com patrocinadores.Treina em um CT de primeiro mundo. E a taça da Libertadores resolveu dar as caras na sala de troféus.


Mudanças...


Será que acaba hoje o tabu no também mudado Maracanã?