Novamente, o Corinthians fez dois tempos distintos atuando em Itaquera. Na mesma Arena Corinthians, há duas semanas, o Timão havia sofrido para jogar contra o Internacional. Nesse sábado, foi a vez do filme se repetir diante do Figueirense.

Relembrando um pouquinho o que aconteceu naquele duelo, quando os alvinegros bateram os colorados por 2 a 1: o Corinthians dominou a posse de bola no primeiro tempo, mas só conseguiu ser efetivo nas jogadas de ataque na etapa final.

Contra os catarinenses, foi a mesma coisa. Com uma formação mais ofensiva (4-1-4-1, na qual o único volante tinha características ofensivas), o Corinthians sofreu para fazer a bola chegar em Vagner Love ao longo dos primeiros 45 minutos. Para tentar solucionar o problema, Malcom e Luciano trocavam de posições (de nada adiantou). Pior: a falta de um volante de verdade (Ralf estava suspenso) deu brecha para perigosos contra-ataques do Figueira.

Depois do intervalo, o Corinthians passou a acertar passes. Logo aos dez minutos, uma grande jogada foi costurada para o gol de Love. Renato Augusto (cérebro do time na temporada) tocou para Luciano (de volta após quase dois meses no DM), que tocou para Uendel (novo titular após saída de Fábio Santos), que tocou para o centroavante do amor.

A verdade é que o Timão, como um todo, acordou só na etapa final. Malcom acertou bola na trave. Jadson organizou jogadas e foi premiado com um pênalti. Luciano enfim apareceu livre para pedir bola. Marciel entrou e correspondeu (poderia, facilmente, ter começado jogando).

E fica a lição: o Figueira fez um gol por conta de desatenção da defesa alvinegra. O ataque foi muito feliz, é verdade, com um passe primordial e uma agilidade exemplar de Thiago Santana. Felipe e Edílson, até então muito bem, comeram bola no lance.

No fim, o saldo foi positivo para o Timão. Mas fica a dica: que tal já entrar acordado na próxima partida?