27/6/2015 09:30

Macaca quer virar King Kong: Ponte Preta investe em internacionalização

Na caça de fontes alternativas de dinheiro, Ponte Preta aposta em expansão da marca, faz parcerias com clubes do exterior e já projeta até pré-temporada na Flórida (EUA)

Macaca quer virar King Kong: Ponte Preta investe em internacionalização
Ponte planeja voltar aos Estados Unidos em 2016 (Ilustração: Mario Alberto)


Black Bridge is coming...* De volta à Série A do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta pensa alto e faz planos que vão muito além do território nacional. Com receita bastante inferior à de seus rivais da elite do futebol brasileiro, a Macaca investe na internacionalização de sua marca em busca de fontes alternativas de dinheiro.

Através de sua Comissão de Internacionalização, a Ponte já disputou dois amistosos internacionais no primeiro semestre de 2015 (contra Orlando City, em maio, e Fort Lauderdale Strikers, em junho, ambos estadunidenses). Recentemente, a Macaca anunciou parceria de oficina de futebol com a Juventus (ITA).

– Foi criado um grupo de trabalho e estamos engatinhando. Foi um processo totalmente novo. Começamos a conversar com empresários, com clubes e vimos que existia esse ânimo em outros clubes fora do Brasil, principalmente nos Estados Unidos, onde o futebol vem em reconstrução – afirmou Gustavo Valio, diretor financeiro do clube e presidente da Comissão de Internacionalização da marca Ponte Preta, ao LANCE!.

Engana-se quem pensa que a Ponte Preta almejar reconhecimento no exterior é “item de luxo” se tratando de um clube do interior do País, que disputou seu primeiro jogo internacional em 2013, pela Copa Sul-Americana, 113 anos após sua fundação. Muito pelo contrário: a Macaca tem uma das menores cotas de TV dentre os 20 clubes da Série A (cerca de R$ 22 milhões). Corinthians e Flamengo, por exemplo, recebem R$ 110 milhões. Campineiros miram a expansão da marca para fazer dinheiro, via bilheterias e patrocínios pontuais.

– É um jeito de divulgar a marca da Ponte ao mundo para que possamos ampliar o mercado de vendas de produto. A Ponte quer estratégias alternativas para aumentar receita. Se vivermos só de cota de TV, estamos perdidos – disse Giovanni Dimarzio, vice-presidente do clube, ao L!.

O projeto pontepretano é fazer a pré-temporada de 2016 nos Estados Unidos. Diante do bom relacionamento com clubes locais, a Macaca quer disputar jogos-treinos, amistosos e até um torneio de verão na Flórida. O sonho da Comissão de Internacionalização da Ponte é, assim como Corinthians e Fluminense já fizeram, disputar a Florida Cup.

A Macaca quer virar King Kong!
* Expressão usada pela Ponte ao anunciar viagem aos EUA. Tradução: “Ponte Preta está chegando...”

AS AÇÕES DA 'BLACK BRIDGE'

Marcelo Lomba durante treino da Ponte Preta em Orlando (Foto: Pontepress)


Amistoso com Orlando City
Eliminada nas quartas de final do Campeonato Paulista, a Ponte Preta aproveitou o intervalo de tempo livre até o início do Campeonato Brasileiro para armar uma excursão-relâmpago aos Estados Unidos. A diretoria alvinegra conseguiu um convite de amistoso por parte do Orlando City, e a delegação pontepretana passou cinco dias na Flórida. Os custos de viagem e hospedagem da Macaca foram pagos pelo clube local. No período, a Ponte perdeu por 3 a 2 para o time de Kaká, além de treinar no moderno estádio Citrus Bowl. Fora de campo, a Comissão de Internacionalização do clube se gaba das vendas de camisa e dos patrocínios no uniforme e nas placas de publicidade.

Representantes de Ponte e Juventus trocam camisas (Foto: Divulgação/Pontepress)


Parceria com a Juventus, da Itália
Há duas semanas, a Ponte Preta anunciou parceria com a Juventus, da Itália. Vice-campeão europeu, o clube de Turim tem diversas “clínicas de futebol” espalhadas em 31 países. No Brasil, os italianos decidiram investir na Macaca. No fim de julho, profissionais da Velha Senhora viajarão a Campinas para orientar uma espécie de oficina com jovens de seis a 16 anos no CT do Jardim Eulina. Quem mais chamar atenção entre as crianças será selecionado para passar uma semana treinando na Itália. Para se inscrever na “peneira”, os jovens terão de desembolsar R$ 1.000 (valor sobe para R$ 1.250 a partir de 1 de julho). Segundo Adriano Salomão, representante da Juve no Brasil, “a Ponte foi escolhida a dedo”.

Mascotes de Ponte e Strikers durante ação social (Foto: Divulgação/Pontepress)


Amistoso com Fort Lauderdale Strikers

No último sábado, a Ponte Preta recebeu, no Moisés Lucarelli, o Fort Lauderdale Strikers. Os estadunidenses ficaram quatro dias em Campinas e, no amistoso com a Macaca, perderam por 3 a 0 para os donos da casa. Mascotes das duas equipes chegaram a se reunir em ações sociais. Os custos de viagem e hospedagem da delegação do Strikers foram bancados por empresários que investiram no amistoso. A exemplo do que já ocorre em jogos de futebol nos Estados Unidos, diversas ações de marketing foram feitas com os torcedores nos arredores do estádio. A Ponte Preta estuda adotar algumas dessas ações em seus jogos no Moisés Lucarelli, como brindes aos torcedores e espaços de lazer às crianças.

QUAL O SALDO DAS EXCURSÕES DE SÃO PAULO E CORINTHIANS AOS ESTADOS UNIDOS?
Com a palavra, Bruno Grossi, repórter do LANCE!: "Amistoso, Kaká e nova parceria"


Dos últimos clubes brasileiros que se aventuraram nos Estados Unidos, talvez o São Paulo seja aquele conseguiu tirar mais proveito da excursão.
Foram 15 dias de trabalho intenso em Orlando durante a Copa do Mundo que deram fôlego ao time vice do Brasileirão e que ajudaram a concluir o retorno de Kaká, emprestado pelo Orlando City.

Por fim, a viagem fez com que o presidente Carlos Miguel Aidar se reaproximasse do português Francisco Marcos, um dos pioneiros do “soccer” e parceiro tricolor na década de 1980. O lusitano foi peça-chave para que os paulistas fechassem na terça-feira uma parceria com o Tampa Bay Rowdies, para internacionalização da marca. O acordo com a Under Armour também ajuda na inserção no mercado americano.

Com a palavra, Rodrigo Vessoni, editor do LANCE!: "Aquele show foi iniciado nos EUA"

Acompanhei o Corinthians em janeiro durante a pré-temporada nos EUA, quando treinou e participou da Florida Cup. E, sem dúvida, valeu muito a pena para o clube ter aceitado o convite para fazer parte daqueles 15 dias de estadia na terra do Tio Sam. Primeiro, pela paz que teve no local. Como se trata de um país que não tem tanta tradição no futebol, que não atrai tantos fãs de futebol nas ruas, os jogadores tiveram paz e até puderam caminhar pelas ruas (atletas, por exemplo, iam a pé para uma academia em Fort Lauderdale). Segundo, pela qualidade dos treinos, que foi a mesma do CT, como se estivessem no Brasil. Terceiro, pela importância dos confrontos com os alemães Colônia e Leverkusen. Não tenho dúvida que aquela campanha fantástica do início do ano, aquele time que encantou, começou lá, nos EUA.


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