Pato disputou o 7º jogo do Brasileirão pelo São Paulo no domingo (Luis Moura/Gazeta Press)

Engana-se quem pensa que Alexandre Pato está chateado com o “não” da Justiça para seu pedido de rescisão do contrato com o Corinthians, na quinta-feira passada. O principal intuito do atacante quando recorreu ao advogado João Henrique Chiminazzo era receber os R$ 4,3 milhões a que tinha direito - eram R$ 4 milhões do Corinthians e R$ 300 mil do São Paulo.

“O Pato tem um salário muito bom, de R$ 800 mil, mas, há meses, ele só vinha recebendo R$ 300 mil”, explica um parceiro do jogador. “E todo esse dinheiro pendente ele conseguiu com o processo. Até por isso, ele estuda a possibilidade de retirar a ação contra o Corinthians”, acrescenta.

O Corinthians chegou a ficar dez meses sem pagar qualquer centavo a Pato - o clube é responsável por desembolsar R$ 400 mil por mês em direitos de imagem. Os outros R$ 400 mil ficam a cargo do São Paulo, que gasta R$ 300 mil registrados na carteira de trabalho e R$ 100 mil em imagem. Era justamente esta última parte que estava atrasada, três meses.

De saída? Apesar de o vínculo com o Corinthians estar garantido pela Justiça - só termina em dezembro de 2016 -, existe a chance de Pato ser vendido nesta janela de transferências. É que um clube alemão sondou o estafe de Pato nos últimos dias. No contato, o time que disputa a Bundesliga perguntou sobre as pretensões salariais do jogador.

Na teoria, o São Paulo só perde Pato antes de dezembro se houver um comprador disposto a pagar 10 milhões de euros. O Tricolor, inclusive, tem o direito de igualar a oferta. Porém, o presidente Carlos Miguel Aidar já deixou claro que não tem essa quantia para contratá-lo neste ano.