24/6/2015 08:02
Renê Júnior confirma negociação e crê que 'encaixaria' no Corinthians
Volante diz que seu empresário conversa com a diretoria alvinegra, afirma que pode ser liberado facilmente por clube chinês e exalta o Timão: ‘Um dos maiores do país’
Há quem diga que a torcida corintiana prefira um jogador com raça e que se entrega dentro de campo a um mais habilidoso, mas que não "dá o sangue" dentro das quatro linhas. Por essa lógica, sobram motivos para acreditar que, se confirmada, a contratação do volante Renê Júnior pelo Timão pode dar muito certo. O jogador de 25 anos se notabilizou não só pelo poder de marcação e o bom posicionamento, como também pela dedicação para marcar e também ajudar na saída ao ataque.
Tratando-se de uma lesão no púbis no CT Joaquim Grava, Renê, que já passou por Mogi Mirim, Ponte Preta e Santos, negocia um empréstimo com o Corinthians. Embora evite dar detalhes das tratativas e trate o assunto com cautela, ele confirma que seu empresário, Eduardo Uram, conversa com o Timão. O volante também confia na liberação do Guangzhou Evergrande, time chinês com o qual tem contrato até o fim de 2017.
Como está a sua recuperação da lesão? Em quanto tempo acha que terá condição de jogar?
A recuperação está muito boa, bem melhor do que eu esperava até. Os profissionais do Corinthians e estrutura do clube são incríveis. Sem palavras. Falaram que eu estaria recuperado em dois meses, um mês e pouco, mas do jeito que está creio que vou levar até menos. Acho que posso voltar antes de agosto, mas também não quero atropelar etapas, espero voltar no tempo certo, pois essa é uma lesão complicada, que limita bastante os movimentos. Quero ir fortalecendo aos poucos.
E lá no CT, o pessoal tem brincado, já pedindo para você ficar no clube após se tratar?
Sempre tem, até porque conheço alguns jogadores do clube. Uns atuaram comigo, outros são conhecidos do mundo da bola... Sempre tem essas brincadeiras.
Mas e da parte da diretoria, alguém já conversou com você?
Comigo ainda não teve nada, mas pelo que sei tem interesse e tudo. Quem está tratando isso são meus empresários. Até avisei a eles para me deixarem um pouco fora, aí quando tiver algo concreto, perto de acerto, a gente senta e vê. Mas meu empresário disse que tem uma conversa em andamento, sim.
Você sempre mostrou muita raça, como a torcida corintiana gosta.
Até por sua origem humilde, acredita que “combina” com o Timão?
Claro. Eu joguei algumas vezes contra o Corinthians e percebi isso. Sou aguerrido e creio que meu estilo de jogo pode se encaixar aqui. Mas tem outras equipes também, não posso fechar portas. O Corinthians é um dos maiores clubes do Brasil, se acontecer o negócio, ficarei feliz, seria uma honra jogar num clube desse porte, mas prefiro aguardar.
Como está sua situação no clube chinês?
Acha que o Guangzhou aceitaria emprestá-lo?
Ainda não tive uma posição deles, realmente os clubes chineses são um pouco mais fechados. Pode acontecer deles contratarem estrangeiros, mas o que sei é pela imprensa, especulações de que poderiam chegar jogadores. Acho que não teria dificuldade para conseguir a liberação, mas prefiro aguardar.
A principio tenho que me reapresentar daqui a um mês, mas espero uma posição antes disso. Aí vou sentar e conversar com minha família.
O nível chinês está abaixo do brasileiro?
Você crê que precisaria de umtempo para se readaptar ao futebol daqui?
O nível lá está melhorando bastante, até porque todos os time têm estrangeiros, há muitos jogadores de grandes times que vão para lá, mas realmente preciso de um pouco de adaptação. Se eu voltar, vou procurar me adequar o mais rápido possível, independentemente de clube e treinador. Lá a qualidade é um pouco inferior, mas a liga está crescendo muito, bem disputada e daqui a uns anos não vai deixar a desejar mais.
No Santos você não fez gols, mas lá na China marcou nove já na primeira temporada. O que aconteceu para mudar?
Realmente, fui vice-artilheiro do time. No segundo ano não consegui manter pois sofri com as lesões. Eu sempre gostei muito de entrar na área, participar das jogadas ofensivas.
No Santos, até pelas características do time, eu jogava mais recuado, era complicado. Já na Ponte, eu chegava no ataque, dava assistência... gosto de jogar dessa forma, como segundo volante, aparecendo e fazendo gols, mas não vejo problema de ser primeiro.
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