22/6/2015 11:34

Os bastidores que deram poder a suspeito de escalar Amarilla dois meses antes de Corinthians x Boca

Paulinho xinga Amarilla na saída do Pacaembu

Os bastidores que deram poder a suspeito de escalar Amarilla dois meses antes de Corinthians x Boca
"Disse: ‘Eu o quero, então, o escale e não me encha o saco'. E assim foi. O colocou e deu tudo certo porque, bem, tem que ser assim...". As palavras são de Abel Gnecco, em gravação vazada pela emissora argentina América, sobre a escolha de Carlos Amarilla para apitar Corinthians x Boca Juniors em 2013.

O diálogo é de 17 de maio de 2013, dois dias após a polêmica partida válida pelas oitavas de final da Libertadores, que acabou com a eliminação corintiana. Conversando com Julio Grondona, ex-presidente da Federação Argentina, Gnecco era o representante da AFA no Comitê de Arbitragem da Conmebol.

Há apenas dois meses.

A chegada de Gnecco à posição que permite a escolha de árbitros para uma partida decisiva de Libertadores - ou qualquer outra - também teve o dedo de Grondona. Ele foi escolhido para substituir Juan Carlos Loustau no dia 8 de março de 2013, depois de um fracasso argentino dentro de campo.

Quem conta a história é Salvio Spinola, consultor de arbitragem dos canais ESPN e representante brasileiro no Comitê da Conmebol na época da mudança. Segundo ele, Loustau perdeu seu cargo depois do Sul-Americano sub-20, disputado na Argentina, em que seleção local não passou da primeira fase.

Em janeiro de 2013, a Argentina jogava em casa para conseguir uma vaga no Mundial da categoria. Somou apenas quatro pontos (1v, 1e e 2d) e sequer avançou ao hexagonal final. Nos bastidores, Loustau era pressionado para escolher árbitros mais fracos para comandar as partidas dos anfitriões.

O primeiro jogo dos argentinos no Sul-Americano foi comandado pelo brasileiro Sandro Meira Ricci - o Chile venceu por 1 a 0. Na sequência, em revés para o Paraguai, o juiz foi o peruano Victor Carrillo, nome que agradava aos anfitriões. Ele voltou a ser escalado para Argentina x Colômbia na rodada final.

Meses depois do fiasco no sub-20, a Argentina voltaria a receber um torneio de base, o Sul-Americano sub-17. Humberto Grondona, o filho de Julio, era o comandante da seleção local. Foi ele quem exigiu a cabeça de Loustau ao pai, que o atendeu um mês antes da disputa - os anfitriões foram campeões.

O sobrenome Loustau, inclusive, é citado no diálogo entre Grondona e Gnecco, mas por causa de seu filho, Patricio, que é arbitro Fifa. O juiz foi vetado pelos dois para comandar o duelo argentino entre Boca e Newell's Old Boys, pelas quartas da Libertadores-2013, por polêmicas passadas no país.

Além de Gnecco e Salvio, faziam parte do Comitê de Arbitragem da Conmebol na época de Corinthians x Boca o uruguaio Ernesto Filippi, o peruano Alberto Tejada e o paraguaio Carlos Alarcón, sendo esse último o chefe do organismo e o "pressionado" pelo argentino no trecho que abre esta matéria.

Antes de assumir o cargo no Comitê, Gnecco foi árbitro profissional da AFA e apitou as Libertadores de 1987, 88, 89 e 90. Em 2005, oito anos antes da data do diálogo vazado neste domingo, foi alçado por Grondona a diretor da Escola de Árbitros da entidade, onde está até hoje.


VEJA TAMBÉM
- Bidon repete jogada da base em 1º gol pelo Corinthians: aprendizado instantâneo
- Renovação de Paulinho com Corinthians: Altos e Baixos na Negociação
- Corinthians negocia renovação de contrato com o jogador Paulinho









3279 visitas - Fonte: ESPN !

Mais notícias do Corinthians

Notícias de contratações do Timão
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou Conecte com Facebook.

Últimas notícias

  • publicidade
  • publicidade
    publicidade

    Brasileiro

    Dom - 16:00 - Neo Química Arena -
    X
    Corinthians
    Atletico-MG

    Sudamericana

    Ter - 19:00 - Neo Química Arena
    4 X 0
    Corinthians
    Nacional Asuncion
    publicidade
    publicidade
    publicidade