22/6/2015 07:29

Jogo a Jogo: na mesma partida, o abismo que separa líderes e lanternas

Vitória do Sport sobre o Vasco no sábado coloca pernambucanos na ponta e cariocas na última colocação, enquanto Atlético-MG entra no G-4 e Grêmio cola nele

Jogo a Jogo: na mesma partida, o abismo que separa líderes e lanternas
O jogo entre Sport e Vasco, sábado, na Arena Pernambuco, foi o laço que uniu as duas pontas da tabela do Campeonato Brasileiro. É engraçado pensar que estavam ali um time que sequer chegou à final do Pernambucano e da Copa do Nordeste e outro que foi o campeão carioca de 2015. E que o primeiro é líder, ao passo que o segundo é lanterna; que o primeiro está invicto, enquanto o segundo é o único que ainda não venceu; e que o primeiro fez quase cinco vezes mais gols que o segundo - e levou metade.

Oito rodadas de campeonato bastaram para criar um abismo entre clubes como o Sport, que recuperou a liderança com a ajuda do empate por 1 a 1 entre São Paulo e Avaí, e o Vasco, empurrado para a última colocação por causa da vitória de 2 a 1 do Joinville sobre o Goiás. Para o Vasco alcançar o Sport, seriam necessárias cinco rodadas de vitórias cruz-maltinas combinadas com derrotas rubro-negras, para se ter uma ideia de como o Brasileirão, num piscar de olhos, já percorreu um trecho considerável de sua trajetória - mais de 20%.

A oitava rodada ainda não terminou. Na quarta-feira, o Fluminense recebe a Ponte Preta. Até agora, destaque para a recuperação do Atlético-MG, muito bem na vitória de 2 a 0 sobre o Flamengo no Maracanã, para o crescimento do Grêmio, que bateu o Palmeiras na estreia de Marcelo Oliveira, e para o ótimo aproveitamento dos catarinenses, que tiveram duas vitórias e dois
empates.

Fig 0 x 0 Int

O jogo em 140 caracteres

O jogo não foi dos melhores. Tanto que teve quase o mesmo tempo de bola parada (46m42) quanto de bola rolando (50m26).

O Figueirense está há 17 jogos invicto em casa. A última derrota foi justamente para o Inter: 2 a 1 na rodada final do Brasileiro-2014.

O Inter venceu apenas um de seus últimos seis jogos no Campeonato Brasileiro. Mas quatro dessas partidas foram como visitante.

O FIGUEIRENSE não podia se permitir o luxo de não vencer o Inter. Tudo bem, era o Inter, o único brasileiro sobrevivente na Libertadores, mas era um Inter devastado pela ausência de um time inteiro - entre lesionados e convocados para a Copa América. Tinha que vencer. Mas pior do que não vencer foi permitir que o adversário mandasse em boa parte do jogo, se sentisse confortável em campo. O Figueira demorou a entrar na partida. Quando entrou, mais para o segundo tempo, foi bem - a ponto de transformar Alisson, goleiro vermelho, em melhor jogador em campo. Só que a equipe de Argel, se quiser se manter na Série A sem sobressaltos, terá que atuar no limite o tempo todo. Jogar parte do jogo é jogar pouco. E jogar pouco é suicídio.

Este é o ano da consolidação de Alisson, o jovem goleiro do INTER. Ele foi novamente destaque no empate por 0 a 0 com o Figueirense na quinta-feira. É boa notícia, porque seus antecessores (Muriel e Dida) não passavam a confiança que ele passa; mas também é má notícia, porque se ele precisa trabalhar tanto, é sinal de que o time colorado permite ser acossado pelos adversários. Fica até complicado criticar os colorados por mais uma derrapada, visto que havia 11 desfalques em Floripa, a maioria de titulares - figuras como Juan, Geferson, Aránguiz, D'Alessandro, Sasha, Valdívia e Nilmar. A consequência de tantos problemas (e do foco na reta final da Libertadores) é que o Inter começa a complicar sua luta pelo título.

San 1 x 0 Cor

O jogo em 140 caracteres

O Santos fez uma homenagem a Zito, bicampeão mundial com o clube, morto na semana passada. O rosto do ídolo foi estampado na camisa do time.

O Corinthians não perdia para o Santos pelo Brasileiro há cinco jogos. O Peixe estava há seis partidas sem vitórias na atual edição da disputa.

Ricardo Oliveira, autor do gol do Santos, teve a melhor nota do jogo no Troféu Armando Nogueira: 8,0.

Coloque-se no lugar de Marcelo Fernandes, técnico do SANTOS. Você está há seis jogos sem vencer, frequenta a zona de rebaixamento do campeonato e tem pela frente um clássico, no qual não poderá contar com seus dois jogadores mais importantes (no caso, Lucas Lima e Robinho). É hora de apelar para o bom senso e montar um time cauteloso, certo? Errado, na visão do comandante santista. Com apenas um volante de origem (Lucas Otávio) e cinco peças ofensivas à frente dele, o Peixe conseguiu controlar o Corinthians até o quarto final da partida e, assim, venceu o clássico na Vila Belmiro. Se é bem verdade que o treinador poderia estar tirando mais do Santos neste Brasileiro, também é preciso destacar o acerto dele na ousadia de montar uma equipe ofensiva contra o Timão. Rafael Longuine teve que quebrar o galho em uma função mais defensiva, e foi dele o passe para o gol de Ricardo Oliveira. Por outro lado, foi expulso.

O CORINTHIANS precisa evitar o efeito ioiô no Brasileiro. Nos últimos cinco jogos, perdeu os dois primeiros (para Palmeiras e Grêmio), venceu os dois seguintes (contra Joinville e Inter) e agora perdeu de novo (mais um clássico, desta vez para o Santos). A oscilação nesse micro-universo é condizente com a oscilação da temporada inteira - na qual o Timão passou de sensação do país, nos primeiros meses, a enorme decepção, com a queda na Libertadores e na Copa do Brasil. E ela pode ser sentida em uma amostra ainda menor: dentro de um mesmo jogo. O Corinthians foi bastante inferior ao Santos no primeiro tempo e conseguiu se sobressair na etapa final. Mas perdeu - times que oscilam tendem a perder. Enquanto não passa maior confiança, a equipe de Tite está em um ponto que parece justo no campeonato: flertando com a zona da Libertadores, mas ainda incapaz de se consolidar dentro dela.

Fla 0 x 2 Cam

O jogo em 140 caracteres

O Atlético chegou a 18 gols no Brasileiro. É o melhor ataque da competição. Três deles foram contra, incluindo o de Samir neste sábado.

Sheik suportou o jogo inteiro. Teve duas finalizações, acertou 32 dos 35 passes que deu e sofreu quatro faltas, o dobro do que cometeu.

O jogo teve o maior público total do Brasileiro até agora: 42.318. Foram 36.774 pagantes, atrás dos 37.337 de Palmeiras x Goiás.

O que ficou mais evidente na reestreia de Emerson Sheik pelo FLAMENGO foi o acréscimo anímico que ele pode dar ao time. Especialmente nos primeiros minutos, a equipe foi vibrante, e a torcida, muito por causa do reforço, foi no embalo. Ele pode ser importante nisso. Mas Sheik não é um animador de palco. Mais do que da energia dele, o Flamengo precisa do futebol - e alguns momentos da partida mostraram que ele também vai contribuir nisso. É um jogador com capacidade para otimizar a chegada rubro-negra ao ataque. Ele poderá deixar a equipe menos travada - poderá eliminar a burocracia que envolve sua engrenagem. Contra o Galo, ainda não conseguiu. E o time, muito mal, voltou para a zona de rebaixamento.

O Brasileirão é um campeonato que propicia alguma bipolaridade a boa parte das equipes, mas talvez o ATLÉTICO-MG seja o melhor exemplo disso, oscilando entre grandes atuações e rendimentos titubeantes. O desempenho deste sábado foi de time que brigará para ser campeão - como já acontecera contra Palmeiras (com os reservas, 2 a 2), Fluminense (4 a 1), Vasco (3 a 0) e Avaí (4 a 1). A única coisa que falta ao Galo é regularidade. Assim que alcançá-la, vai se consolidar como candidataço ao título. Tem bola pra isso - e a atuação extremamente madura contra o Flamengo, mesmo sem nomes como Marcos Rocha, Luan e Carlos, é prova da qualidade atleticana, tão bem ilustrada em Jemerson, impecável na defesa, e Lucas Pratto, ótimo centroavante, autor de lindo gol lá na frente.

Spo 2 x 1 Vas

O jogo em 140 caracteres

Os dois gols do Sport foram marcados por ex-jogadores do Vasco: o atacante André e o volante Wendel.

Sport mantém sua invencibilidade no Brasileirão (cinco vitórias e três empates), e Vasco segue sem vencer (três empates e cinco derrotas).

Renê, do Sport, maltratou a bola: nove passes errados. Mas compensou com oito desarmes.

O SPORT ganhou todas as partidas que jogou em casa e empatou todas as que disputou fora. É campanha de campeão. "Ah, mas não jogou tão bem contra o Vasco", dirá alguém. Vitória jogando bem vale os mesmos três pontos que vitória não jogando tão bem assim, responderá a tabela, aquela pragmática. "Ah, mas o campeonato ainda está no começo", ressalvará outro. Sim, mas já se foram mais de 20% do Brasileirão. "Ah, mas o Sport nem finalista do Pernambucano foi", alertará mais um. Pois é, e o Vasco foi campeão carioca e agora está afundado no rebaixamento. Em vez de se tentar encontrar poréns no que faz o Leão neste Brasileiro, é hora de identificar qualidades. Por exemplo: a capacidade de fazer reforços entrarem na estrutura da equipe e darem resultado imediato, vide André, autor de um gol e uma bola no travessão em sua segunda partida com a camisa rubro-negra.

Se o VASCO joga muito mal, perde; se não joga tão mal assim, também perde; e se dá uma melhorada, mesmo que de leve, como aconteceu contra o Sport, aí... bom, perde de qualquer forma. É terrível a situação do clube da Colina nesta largada de Brasileiro. Passar oito rodadas sem vencer um joguinho sequer é inadmissível para um clube que conhece bem as chagas de um rebaixamento. De campeão carioca, o Vasco virou grande candidato à queda, e nada parece dar certo. Até a defesa, que parecia um ponto de esperança, com uma dupla de zaga que dava sinais de solidez, entrou no redemoinho do inferno cruz-maltino. O primeiro gol pernambucano é uma falha em bloco - e o segundo, com a bola preferindo flertar com o ataque do Sport do que com a defesa do Vasco dentro da área, é um resumo desses tempos de desengano. Resultado: Doriva deixa o clube, e Celso Roth deve assumir.

Gre 1 x 0 Pal

O jogo em 140 caracteres

Roger exige do Grêmio intensidade na marcação. Foram 40 desarmes no sábado, contra apenas nove do Palmeiras.

O goleiro Tiago se consolida como um bom substituto de Marcelo Grohe, na Seleção. Fez duas grandes defesas e levou a melhor nota do jogo: 7,5.

Na estreia de Marcelo Oliveira, o Palmeiras teve mais posse de bola (52%) e finalizou mais que o Grêmio: 11 a 10.

Quando surge um menino de 18 anos, bom de bola, é preciso algum cuidado antes de determinar que ele será craque. O mesmo vale para um treinador de 40 anos em sua primeira experiência em um grande clube. Mas é evidente que Roger melhorou o GRÊMIO. A diretoria tricolor acertou na escolha. E acertou porque não escolheu apenas um ídolo. Não escolheu Roger como poderia ter escolhido Jardel ou Paulo Nunes. Escolheu Roger porque Roger, desde quando era um jovem lateral, se mostrava interessado em tática. Porque Roger sempre teve liderança. Porque Roger, ao parar de jogar, começou a estudar, fazer cursos, se especializar. E porque Roger já vinha trilhando uma caminhada como técnico em clubes menores. O Grêmio não contratou um ídolo para ver se ele um dia será treinador: contratou um treinador que calhava de ser ídolo. E o resultado é que o time gaúcho, vencendo adversários de elenco superior, casos de Palmeiras e Corinthians, já sente o cheiro do G-4. É possível que o Tricolor não tenha fôlego para se manter assim até o fim. As limitações persistem. Mas são tempos de esperança renovada.

Marcelo Oliveira foi contratado pelo Cruzeiro em 4 de dezembro de 2012. Ele teve um mês inteiro para pensar no elenco que teria em mãos, depois teve uma pré-temporada para montar a equipe e aí começou a encarar a sequência de jogos que resultaria em um bicampeonato nacional. No PALMEIRAS, o período foi um pouquinho menor: quatro dias. No Cruzeiro, ele construiu a casa; no Palmeiras, chegou para apagar o incêndio dela. Por tudo isso, não tem como colocar no treinador alguma responsabilidade sobre a derrota para o Grêmio. O Verdão não foi exatamente mal: foi medíocre, mediano, como vem sendo na temporada. Com tantas e tantas mudanças, e mudanças que não param (estreou Alecsandro, e vem aí Lucas Barrios), o time alviverde é um trem que vai sendo reformado enquanto está em movimento. O Palmeiras precisa de rotina. A maior missão de Marcelo será encontrar um time e dar repetição a ele. E a escolha desse time terá que ser certeira, porque todo o tempo que havia para se perder já foi perdido.

Cru 0 x 1 Cha

O jogo em 140 caracteres

Foi o quarto da Chape fora de casa no Brasileiro - e a primeira vitória. E o quarto jogo de Luxemburgo no Cruzeiro - e primeira derrota.

O ataque do Cruzeiro falhou muito. Marquinhos, Willian e Damião, somados, erraram 12 passes - quatro cada.

Fábio foi homenageado antes da partida por ter se tornado o atleta com mais jogos pelo Cruzeiro na história: 635. Levou um gol defensável.

Da mesma forma que as três vitórias sequencias do CRUZEIRO na chegada de Vanderlei Luxemburgo não eram garantia de que os problemas celestes estavam resolvidos, a derrota deste domingo, para a Chapecoense, não é necessariamente um sinal de que acabou aquele encanto tão habitual quando chegam novos treinadores. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Em uma temporada de reformulação, é natural que um time seja instável a ponto de vencer um clássico por 3 a 1 na casa do rival e duas semanas depois perder em casa para uma equipe que teoricamente luta contra o rebaixamento. O Cruzeiro de 2015 não é o mesmo de 2013/2014. Exigir dele os mesmos resultados é compreensível, porque do Cruzeiro sempre se exige o máximo.

Mas talvez seja pedir muito. Vanderlei não foi contratado por ser melhor que Marcelo Oliveira - até porque, no momento, não é. Ele foi contratado para tirar do elenco algo que Marcelo não conseguia mais. E pode alcançar isso - essa derrota não tem poder suficiente para provar o contrário. As duas próximas rodadas, fora de casa, contra Coritiba e Grêmio, tendem a dar um bom painel das reais possibilidades cruzeirenses no campeonato.

Nas duas últimas rodadas, a CHAPECOENSE enfrentou o atual líder do Brasileirão e o atual bicampeão brasileiro. Carga pesada, portanto. E mostrou que pode ser mais do que figurante neste campeonato. Contra o São Paulo, a derrota de 1 a 0 em casa foi enganosa - a pressão catarinense tornou injusto o resultado. A recuperação veio contra o Cruzeiro, com um dos resultados mais surpreendentes de todo o campeonato até agora: 1 a 0 no Mineirão. O mais animador para o time de Chapecó não é a campanha sólida, com a oitava colocação: é a demonstração de que ela não é ocasional. Por exemplo: contra o forte Cruzeiro, fora de casa, a Chape teve seis finalizações a gol. Não abdicou de atacar, mesmo sabendo que era prioritário se defender.

Contra o também forte São Paulo, teve mais a bola e finalizou mais do que o dobro. Parece ser uma equipe conhecedora de seus limites - domina os cuidados necessários e sabe até onde pode ir nos riscos a serem tomados.

Sao 1 x 1 Ava

O jogo em 140 caracteres

Funcionou bem a linha de impedimento do Avaí. O São Paulo ficou nove vezes em posição irregular - incluindo o gol mal anulado de Pato.

Com uma vitória e um empate em casa, Juan Carlos Osorio agora terá suas primeiras partidas fora: diante de Palmeiras e Atlético-PR.

Hugo, do Avaí, saiu de campo reclamando ao ser substituído no segundo tempo. Isso que só deu quatro passes no jogo. E nenhuma finalização.

Perder dois pontos em casa para o Avaí é o tipo de coisa que faz um time perder também a liderança, como aconteceu com o SÃO PAULO neste domingo. É bem verdade que o Tricolor foi superior ao adversário, é bem verdade que desperdiçou chances e é muito verdade que foi prejudicado pela arbitragem no gol mal anulado de Alexandre Pato, quando o jogo ainda estava 0 a 0 - assim como é verdade, e isso é preocupante, que o oponente se sentiu confortável para ir ao ataque e pressionar em busca do gol de empate no segundo tempo. O São Paulo é mais time que o Avaí - há, entre eles, uma diferença que deveria permitir ao clube paulista manter sua soberania em campo antes e depois de abrir o placar. Mas não aconteceu, e isso mostra que o São Paulo ainda busca maior estabilidade, o que inclui fazer o setor ofensivo render bem em conjunto, não alicerçado em individualidades que se revezam como destaque, como se não pudessem se destacar juntas.

Para um time que lutou contra o rebaixamento no Campeonato Catarinense, é mais do que animadora a campanha do AVAÍ no Brasileirão. Gilson Kleina faz bom trabalho. E o empate por 1 a 1 contra o São Paulo ilustra bem isso. Até levar o gol, o Leão de Floripa fez o que se espera de um visitante no Morumbi: resguardou-se, foi cauteloso, priorizou anular o adversário a agredi-lo. É sempre um risco, claro, e o gol de Souza atrapalhou os planos catarinenses. Mas aí o Avaí, necessitado de evitar a derrota, mostrou novas qualidades: teve personalidade para açoitar um oponente superior a ele e conseguiu fazer isso sem se desorganizar. Houve momentos em que o Avaí chegou a pressionar o São Paulo. Quando parecia que o gol não sairia, brilhou a estrela de André Lima. E de Gilson Kleina, o responsável por mandá-lo a campo na etapa final. A nona colocação na tabela deixa o torcedor do Leão esperançoso de que o Brasileirão não será tão sofrido quanto foi o Estadual.

Cap 2 x 2 Cfc

O jogo em 140 caracteres

O Atlético teve mais volume em um clássico equilibrado. Foi superior em posse (53%) e em finalizações (18 a 13).

O Coritiba chegou a seis jogos sem vitórias no Brasileirão. Só o Vasco, lanterna, está há mais tempo sem ganhar.

O primeiro Atletiba da Arena desde a reinauguração para a Copa do Mundo teve recorde de público total em jogos do Atlético: 30.120 pessoas.

Depois de quatro vitórias seguidas no Brasileiro, o ATLÉTICO-PR agora tem duas rodadas sem ganhar. Longe de ser o fim do mundo: perdeu para o Grêmio fora de casa, mas encarando bem o adversário, e empatou o clássico com o Coritiba, o que lhe rendeu a terceira colocação na tabela. O pessimista dirá que o rendimento no Atletiba foi preocupante, visto que o Furacão deu muita liberdade ao rival, deixou que ele tomasse a ponta do jogo duas vezes, não o encaixotou no campo de defesa; o otimista dirá que a equipe mostrou poder de reação, foi buscar o empate duas vezes e poderia ter virado. E ambos terão razão. O Atlético-PR ainda é um enigma nesse campeonato, se pensarmos no contraste entre o péssimo Campeonato Paranaense e a ótima largada de Brasileiro. Mas há mais motivos para esperança do que para desconfiança.

Clássicos têm leis próprias, e empatar na casa do adversário, com o rival vivendo momento bem melhor, está longe de ser mau negócio. O problema é o diabo do contexto. O CORITIBA está na zona de rebaixamento, em 18º, há seis jogos sem vencer. Tinha quatro derrotas seguidas antes do 2 a 2 na Arena da Baixada. A situação é preocupante e vai além da frieza da tabela. O Coxa é um organismo em mutação, com jogadores chegando (Esquerdinha e Lucio Flavio estrearam no clássico, e Léo Moura pode ser o próximo contratado) e Ney Franco iniciando um novo trabalho no clube. Mas a atuação, em situação tão adversa, pode ser considerada animadora. Resta dar sequência a isso.

Jec 2 x 1 Goi

O jogo em 140 caracteres

O Joinville fez neste jogo o mesmo número de gols marcados nas sete rodadas anteriores. Agora tem quatro.

O Goiás chegou a cinco rodadas sem vitórias no Brasileirão. São três derrotas e dois empates na sequência.

Kempes, que não marcava desde abril, se tornou o primeiro jogador do JEC a fazer dois gols no mesmo jogo em 2015.

Aleluia! O JOINVILLE venceu a primeira! Depois de somar apenas um ponto nas primeiras sete rodadas, o time catarinense deu um passo importante para não se configurar em saco de pancadas do campeonato. De quebra, deixou a lanterna da competição com o Vasco. Não é a maior conquista do mundo, mas já é alguma coisa. Do jogo, Adílson Batista pode tirar a capacidade de reação da equipe, que conseguiu virar, e o oportunismo de Kempes, autor dos dois gols. A equipe catarinense, que ainda tenta encontrar o tom em um elenco que vai da inexperiência à veteranice, ganha um pouco de paz para trabalhar. A sequência é dura: Atlético-MG fora e Flamengo em casa.

Em apenas oito rodadas de Brasileirão, o GOIÁS já parece ter disputado dois campeonatos: aquele do começo, tão animador, e o de agora, com cinco rodadas seguidas sem vencer. O problema é que esse mais recente parece combinar melhor com a real capacidade do time esmeraldino. A derrota para o Joinville é um golpe duro. Contra um oponente frágil, que não vencera uma partida sequer, o Goiás saiu na frente. E acabou levando a virada. Quando não é o ataque que se mostra inoperante (não fazia gols há três jogos), é a defesa que falha - vide a facilidade de Kempes no primeiro gol. O Goiás, em 15º, tem muito caminho pela frente para voltar a dar sinais de que não é um candidato ao rebaixamento.


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