20/6/2015 09:06

Boca, River e Corinthians se juntam para derrubar política das 'migalhas' da Libertadores

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Boca, River e Corinthians se juntam para derrubar política das 'migalhas' da Libertadores
Em meio à crise instalada no futebol sul-americano, com escândalos de corrupção desvendados pelo FBI, surge uma nova associação no continente: a ALMADE, Associacao Latino Americana de Marketing Deportivo. No fim de semana passado, seis clubes se reuniram em Montevideu, no Uruguai, para a fundação da entidade.


Corinthians, River Plate, Boca Juniors, Racing, Peñarol e Nacional fizeram parte do encontro. Havia ainda representantes do Chile e do Paraguai.

A Copa Libertadores foi um dos pontos mais discutidos na conversa. O plano do grupo é exigir mudanças para as próximas temporadas.

A reclamação histórica é de que com premiações pequenas, além de restrições para ações de marketing, a Conmebol acaba não ajudando na vida financeira dos clubes. O alvinegro, em outros anos, chegou a declarar que teve prejuízo por disputar a competição.

A entidade sul-americana ainda abocanha 10% da arrecadação de bilheteria de cada partida do torneio, outra critica comum feita por dirigentes - no Brasil, a maioria das federações fica com 5%.

Os clubes combinaram de elaborar um documento até o final do ano exigindo a criação de um regulamento específico de marketing, para que tenham liberdade e possam fazer da Libertadores algo lucrativo.

"Não é sempre que os clubes sul americanos têm essa oportunidade de discutir mudanças para o futebol. Falamos principalmente sobre compartilhar experiências bem sucedidas que temos em cada mercado, como uma forma de pensarmos em ideias novas, e também falamos da Libertadores em especial. Não poder fazer nada durante o campeonato é muito ruim para os clubes", afirmou Gustavo Herbetta, superintendente de Marketing do Corinthians, em contato com o ESPN.com.br.

"Na prática, iremos elaborar um documento com regras específicas para a parte comercial do campeonato, para propiciar mais espaço para os clubes. Queremos antecipar e contribuir nas discussões em todos os eventos que ocorrem no continente", completou.

A reunião para a criação da entidade já tinha sido marcada antes da operação do FBI. O momento de fragilidade da Conmebol, aliás, acaba sendo agora até mais propício para reivindicações.

Além de José Maria Marin, preso há 23 dias na Suíça, os outros envolvidos são Eduardo Li, oficial da Fifa na Costa Rica, Nicolás Leoz, antigo presidente da Conmebol; Julio Rocha, dirigente máximo da Federação Nicaraguense de Futebol; Rafael Esquivel, mandatário da Federação Venezuelana; e Costas Takkas, ligado à Concacaf.

Outros investigados são: Jeffrey Webb das Ilhas Cayman, vice-presidente da comissão executiva da Fifa e mandatário máximo da Concacaf; Eugenio Figueredo, uruguaio, ex-presidente da Conmebol; e Jack Warner, de Trinidad e Tobago, um ex-membro do comitê executivo acusado de numerosas violações éticas.

Os executivos de marketing esportivo Alejandro Burzaco, Aaron Davidson, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis também serão indiciados, além de José Margulies, intermediário das negociações.


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