17/6/2015 08:00
Corinthians usa contrato de Pato com empresa inglesa para impedir rescisão
Clube argumenta que jogador não é mais dono de seus direitos de imagem e, por isso, não poderia recorrer à Justiça. Direção confia em decisão favorável nos tribunais
O Corinthians tem sua estratégia montada para a disputa contra Alexandre Pato nos tribunais. O Timão apresenta nesta quarta-feira à Justiça as provas de que não deve nada ao atacante e se apega ao contrato dele com uma empresa inglesa para convencer a juíza Maria Alice Severo Kluwe a indeferir o pedido de liminar que o deixaria livre no mercado.
Em 2007, quando trocou o Internacional pelo Milan, Alexandre Pato vendeu seus direitos de imagem para a Chaterella Investors Limited, empresa sediada em Londres. Já no retorno do jogador ao Brasil, no início de 2013, o grupo inglês transferiu os mesmos direitos para a companhia brasileira Sil Serviços.
O Corinthians alega que Pato não é sócio de nenhuma das empresas. Ou seja, não poderia cobrar judicialmente o pagamento dos direitos de imagem. O clube diz que todas as negociações sobre os atrasos estavam sendo feitas diretamente com a Sil, sem qualquer relação com os representantes do atacante.
A Chaterella Investors Limited também está sendo investigada em Portugal. A justiça portuguesa suspeita que o técnico Luiz Felipe Scolari recebia seus direitos de imagem enquanto técnico da seleção daquele país por meio do grupo inglês para evitar o pagamento de impostos. Isso também poderia ser aplicado no caso de Pato caso seja comprovada alguma irregularidade.
Dois dias depois de Pato entrar com a ação, o Corinthians quitou a dívida de R$ 4 milhões com a empresa, mas não acabou com o problema. João Henrique Chiminazzo, advogado do jogador, alega que o clube agiu de má fé por ter efetuado o pagamento dos atrasados somente após ser comunicado da disputa judicial.
Além dos R$ 4 milhões relativos a direitos de imagem, Pato cobra também os salários e direitos que teria a receber até o fim de seu contrato, em dezembro de 2016, e encargos trabalhistas relativos a todo o período. A rescisão ainda anularia o contrato de empréstimo com o São Paulo, que lhe deve cerca de R$ 300 mil em direitos de imagem – o Tricolor diz ter também tudo acertado.
Caso seja usado contra o Avaí, neste domingo, o jogador não poderá mais atuar por outra equipe no Brasileirão. Assim, abriria caminho para retornar à Europa.
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