Fabinho é Ribeiro, e não Pontes, ele faz questão de esclarecer. A única “confusão” em que se meteu foi marcar um gol com a mão contra o Santo André, justamente o time da cidade natal, no que se diz arrependido. O peso da trapaça na consciência do ex-camisa 7 do Timão demonstra o caráter de um jogador que marcou época. Discreto, disciplinado e aplicado taticamente, Fabinho foi peça fundamental no primeiro título nacional do Corinthians, em 1990.

“Era uma equipe muito unida, brigadora. Lembro que íamos treinar de Kombi, na Dutra. Outra época, não tinha nem sinal dessa estrutura maravilhosa que o Corinthians oferece agora. Lutamos muito naquele Brasileirão, e a equipe foi merecedora”, revela.

O atacante, “quase gol de muro”, participou ativamente da jogada que, dos pés de Tupãzinho, transformou aquela bola em título no dia 16 de dezembro de 1990.

“A jogada toda foi muito bem trabalhada, e realmente fiquei muito perto de marcar o gol. O Zetti deu o rebote e o Tupã fez. Ele é merecedor do feito, um cara muito lutador. Fico feliz de ter participado”, disse o humilde Fabinho.

Entre altos e baixos, Fabinho também fez parte do grupo campeão paulista e da Copa do Brasil de 1995, conquistas que completarão 20 anos em 2015 -- o aniversário da Copa do Brasil é neste domingo (21). O título nacional, o segundo da história alvinegra e o primeiro na competição, tem gosto especial para o ex-atacante.

“Fui titular na primeira partida da decisão contra o Grêmio e pude contribuir com aquela equipe maravilhosa. Tupã, Ronaldo e eu tivemos essa honra de “dobrar” os títulos. Além disso, o Paulistão também foi especial. O Corinthians é especial demais em minha carreira”, contou.

Pai do menino Lucas, Fabinho revela que tem “problemas” com o filho. Torcedor fanático do Corinthians, o garoto dorme no período da tarde para poder acompanhar os jogos do Timão no meio de semana às 22h.

“O Lucas já nasceu corinthiano, ama o time verdadeiramente. É ainda mais especial ter feito parte da história do clube e contar histórias de uma geração vencedora para ele. Mas ele sofreu bem menos do que a gente (risos)”, finalizou.

Fabinho estreou no Corinthians em 1989 e ficou na equipe até 1993. Retornou em 1994 e permaneceu até o fim de 1995. Foram 258 jogos com a camisa alvinegra e 25 gols marcados.

Você encontra mais informações sobre a passagem de Fabinho pelo Corinthians no aplicativo do Almanaque do Timão, disponível em iOS pela Apple Store e Android, pela Google Play e Samsung Galaxy Apps.