30/5/2015 09:18

Ex-Palmeiras e Corinthians descobriu que foi artilheiro da Libertadores por e-mail

Ex-Palmeiras e Corinthians descobriu que foi artilheiro da Libertadores por e-mail
Marcinho comemora gol pelo Palmeiras na Libertadores de 2006

Márcio Miranda Freitas Rocha da Silva já tem 34 anos, mas carrega o mesmo apelido de quando começou a carreira, em 1996, no Atlético-PR: Marcinho. Com passagens por Corinthians e Palmeiras, o habilidoso meia hoje está no Amparo Athlético Club, no qual vive uma situação curiosa: é, ao mesmo tempo, camisa 10 e dirigente.

Se atualmente está jogando em uma pequena equipe do interior paulista, que estava inativa há cinco anos, Marcinho já viveu muitas glórias em algumas das maiores equipes do país. Quando atuou pelo Palmeiras, por exemplo, chegou até a ser artilheiro da Copa Libertadores.

O problema é que nem ele mesmo ficou sabendo, e só foi descobrir depois, graças a um e-mail que recebeu de uma de suas patrocinadoras.

"Fui artilheiro da Libertadores, mas poucos sabem disso. Quase que nem eu fiquei sabendo (risos)! Só tomei conhecimento porque meu empresário me ligou porque recebeu um e-mail dos representantes da Adidas, que era minha patrocinadora, pedindo para entramos em contato com o número da minha conta para eles fazerem o pagamento de um prêmio. Eu perguntei: 'Prêmio do que?'", conta o meia e dirigente, em entrevista ao ESPN.com.br.

Foi aí que o empresário revelou: ele havia terminado aquela edição da Libertadores empatado na artilharia com vários outros jogadores que haviam feito cinco gols, como Fernandão, do Internacional, Nilmar, do Corinthians, e Aloísio "Chulapa", do São Paulo, além de alguns gringos. Mesmo assim, Marcinho embolsou o bônus da Adidas.

"Eu acabei nem contabilizando meus gols, porque saímos cedo da competição [o Palmeiras foi eliminado nas oitavas de final] e tinha certeza que alguém ia me passar, então nem me toquei. Mas não vou negar que foi uma surpresa muito boa (risos)", diverte-se.

Depois do Palmeiras, ele passou por Cruzeiro, Kashima Antlers-JAP, Atlético-PR, Al-Ahli-SAU, Ponte Preta, Red Bull Brasil, Ituano (inclusive ganhando o Paulistão de 2014). Seu último time havia sido a Cabofriense, no Carioca do ano passado.

Antes disso, havia passado com sucesso por Paulista de Jundiaí e São Caetano, e também teve um período, esse com menos brilho, no Corinthians. Dos tempos de Parque São Jorge, porém, guarda boas histórias, principalmente ao lado de Vampeta.

"Fui vice-campeão brasileiro pelo Corinthians em 2002, o time era muito bom. Nos rachões, tinha uma rivalidade muito engraçada. O 'Vamp', que era do meu time, dava um bicho para a gente ganhar do time do Rogério (risos). O Vampeta divertia todo mundo e pagava uma grana, tipo uns R$ 10, pra gente vencer. Era só risada", recorda.

Jogador-gestor

No início de 2015, Marcinho recebeu um convite do ex-lateral Rubens Cardoso, seu amigo e hoje técnico, para jogar e ser gestor do Amparo, com a missão de buscar patrocinadores e manter a saúde financeira do clube em dia.

Aceitou na hora, e fará sua estreia no próximo domingo, contra o Palmeirinha, às 10h (horário de Brasília), pela Série B do Paulistão, a quarta divisão do futebol no Estado. Aos 34, Marcinho diz que ainda está longe de pendurar as chuteiras.

"Além de ser gestor, vou entrar em campo também. Tenho mais uns três anos de futebol pela frente, porque sempre me cuidei muito, tive poucas lesões na carreira", conta o meia, que fez cursos de gestão para aprender a trabalhar com os bastidores da bola.

"Sempre me interessei por esse lado de gestão. Como ano passado fiquei o segundo semestre sem atuar, fui fazer cursos na Universidade do Futebol e li muitas coisas sobre esse assunto. Estou me preparando para isso", afirma.

Questionado se o fato de ser "chefe" dos colegas de equipe não vai causas ciúmes na hora que estiver em campo, Marcinho nega e garante: vai aceitar as cobranças normalmente, tanto dentro quanto fora das quatro linhas.

Marcinho é jogador e cartola no Amparo


"Eu dou total liberdade aos atletas comigo. Vou cobrá-los, como sempre fiz na carreira, e eles podem me cobrar também. Não tem essa diferença por eu ser gestor, isso eu faço fora de campo", assegura.

Em seu trabalho como gestor, o ex-palmeirense diz que não quer formar só jogadores, mas cidadãos. Com experiência de quase 20 anos de futebol, o veterano lembra que já passou de tudo um pouco na vida de boleiro, e agora que ensiar os colegas de equipe a seguirem o caminho certo.

"Queremos dar uma consciência social para o atleta, porque somos tratados por empresários e clubes apenas como mercadoria. Eu tento ensinar a eles que precisamos ter boa postura, bom relacionamento com as pessoas do clube, não basta somente ser bom jogador. Tem colegas meus que não sabiam o que era imposto de renda, outros recebem salário na conta do empresário, que distribui a grana para ele", observa.

"O futebol precisa ser uma ferramenta para mudança social e de vida do atleta, não apenas curtir o glamour de jogar em times grandes", completa.


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4848 visitas - Fonte: ESPN

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