Os empresários do atacante Paolo Guerrero saíram em defesa do jogador após as críticas recebidas pela não renovação de contrato com o Corinthians. Em nota divulgada nesta quinta-feira, os agentes ressaltaram que a decisão de não continuar no clube foi tomada em comum acordo com a diretoria do Timão.

O texto lembra ainda que Guerrero atuou com os direitos de imagem atrasados nos últimos meses e abriu mão de ofertas melhores para negociar com o Corinthians. O grupo destaca o empenho do presidente Roberto de Andrade para buscar o acerto, algo que não aconteceu graças à crise financeira vivida pelo clube.

– Diante do cenário, clube, empresa e jogador, decidiram em comum acordo pelo fim do ciclo. Entendeu-se por todos que a saída de Guerrero era o melhor para as partes. Para quem não pode pagar e para quem precisa receber – escreveram os representantes do Grupo OTB Sports.

Os agentes se mostraram contrários a algumas declarações que criticaram Guerrero por não continuar no Corinthians. Há duas semanas, o ex-presidente Andrés Sanchez disse que o jogador estaria livre para atuar pelo Palmeiras, já que vinha pedindo R$ 18 milhões para renovar.

No último domingo, logo depois de Guerrero perder um gol incrível e o Corinthians empatar com o Fluminense, no Maracanã, o centroavante peruano foi cobrado por um grupo de cinco torcedores no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Ele foi chamado de mercenário e, na segunda-feira, decidiu romper seu contrato.

– Nos surpreende as recentes declarações, que colocam única e exclusivamente na conta do jogador a responsabilidade pela decisão. Mesmo cientes de que, infelizmente, é da natureza do ser humano, no futebol e na vida, o hábito de transferir a culpa, não podemos nos furtar de colocar a verdade: o clube anuiu com a saída do atleta para aliviar suas finanças. Decisão bilateral que não pode e não será atribuída somente ao jogador, como insistem em fazer parecer – divulgaram os agentes.
Confira a nota oficial:

"A OTB SPORTS, braço da Think Ball & Sports Consulting, através de seus sócios Bruno Paiva, Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho, e do diretor executivo Fernando Paiva, se faz da presente para esclarecer a saída de Paolo Guerrero do Sport Club Corinthians Paulista. .

Nos últimos meses, o atleta jogou com salários atrasados, esperou pela renovação que não vinha e abriu mão de melhores ofertas. Atuou com seu contrato à beira do fim, sob natural risco de lesão e não tirou o pé das divididas.

Foi quando, finalmente, entendeu que não haveria forma de permanecer. A instituição passa por um replanejamento financeiro e nem mesmo o empenho do presidente Roberto de Andrade, da OTB SPORTS e do próprio Paolo, foram capazes de superar a barreira econômica.

Diante do cenário, clube, empresa e jogador, decidiram em comum acordo pelo fim do ciclo. Entendeu-se por todos que a saída de Guerrero era o melhor para as partes. Para quem não pode pagar e para quem precisa receber.
Nos surpreende as recentes declarações, que colocam única e exclusivamente na conta do jogador a responsabilidade pela decisão.

Mesmo cientes de que, infelizmente, é da natureza do ser humano, no futebol e na vida, o hábito de transferir a culpa, não podemos nos furtar de colocar a verdade: o clube anuiu com a saída do atleta para aliviar suas finanças. Decisão bilateral que não pode e não será atribuída somente ao jogador, como insistem em fazer parecer.

Paolo se despede do Corinthians após 03 anos de conquistas e realizações. O jogador agradece ao clube e, principalmente, aos milhões de torcedores. Para cada um deles, um abraço especial e o carinho recíproco que levará para o resto da vida".