Paolo Guerrero deve fazer sua última partida pelo Corinthians no próximo domingo, contra o Palmeiras, na Arena. Quase de malas prontas para ir à Copa América defender o Peru, e logo depois se transferir para outro clube, o atacante vai tranquilo em relação a suas finanças: recebeu 100% dos vencimentos atrasados.

Foi essa a condição imposta por seus agentes para que houvesse uma negociação. A diretoria alvinegra honrou o compromisso, mas as conversas não chegaram a lugar nenhum e, na última sexta-feira, o presidente Roberto de Andrade anunciou que a renovação não sairia por conta dos valores pedidos pelo jogador.

Apesar de ter quitado a parte de Paolo, há ainda diversas dívidas da cúpula do Parque São Jorge com o elenco. Emerson Sheik, por exemplo, recebeu metade do que lhe era devido. Elias, outro da lista de credores, recebeu pouco mais de um terço do total.

A diretoria não comenta o assunto, não confirma, nem nega as informações, para não criar nenhum tipo de clima ruim dentro do time. Assessores e agentes dos atletas, no entanto, têm conhecimento do que seus representados e os outros receberam.

Guerrero foi o primeiro a abrir publicamente a situação dos atrasados. Em entrevista para o site da Copa América, disse que as negociações não começariam antes das pendências serem resolvidas.

O peruano pediu R$ 18 milhões de luvas ao Corinthians e R$ 500 mil de salário. A atual gestão, no entanto, decidiu que não faria loucuras para manter o atacante e encerrou as tratativas para renovação de contrato.