O presidente Roberto de Andrade, que já parabenizou publicamente cada departamento do clube pela contenção de gastos, defende a cautela financeira na luta por reforços. "O futebol é dinâmico, temos de repor. Mas a reposição com certeza não será no nível salarial desses que estão saindo", afirmou.
As Saídas de Emerson Sheik e Paolo Guerrero forçam a diretoria do Corinthians a buscar reforços para a temporada, mas sem prometer grandes gastos para a reposição. Ao mesmo tempo em que o técnico Tite deixa claro seu cuidado para não expor jogadores mais jovens neste momento de reestruturação, a cúpula alvinegra tem a missão de encontrar alternativas no mercado que não abalem ainda mais a complicada situação financeira.
Com as iminentes despedidas de Guerrero e Emerson Sheik, o Corinthians ficará com seis opções no ataque, sendo que o mais badalado, Vagner Love, ainda não empolgou a Fiel. A lista ainda tem Ángel Romero, Luciano e Stiven Mendoza, além dos garotos Malcom e Matheus Cassini.
Os jovens dão esperança no clube, mas Tite sabe que é o momento de tomar cuidado também com eles. Cassini, por exemplo, já despertou o interesse do Palermo, da Itália , mas ficou no banco pela primeira vez só no domingo, no empate por 0 a 0 contra o Fluminense , ainda sem nem ter estreado nos profissionais.
"Comecei a jogar futebol com 17 anos e, com 20, era capitão da equipe do Caxias. Ou seja, não tenho restrição a garotos. Lancei o Ramon no Atlético-MG com 16 anos. É só encontrar, ter a sensibilidade e a competência de não jogar para dentro. Temos de entender o momento de confiança da equipe para colocar, porque o peso é muito grande", afirmou o treinador.
Além de Cassini ainda precisar de cautela da comissão técnica, para não ser prejudicado neste início de trajetória entre os profissionais, o Corinthians também está sem Malcom, que está defendendo a Seleção Brasileira sub-20.
Porém, enquanto Tite estuda as alternativas para as saídas dos ídolos alvinegros, a diretoria deixa claro que grandes contratações ficarão para as próximas temporadas. "Nossa maior dificuldade é no ano de 2015, e faltam seis meses para acabar. Depois, a vida vai melhorar e, em 2017, ficará melhor ainda. Mas temos de fazer alguns ajustes e vamos fazer", declarou o mandatário.