Principais jogadores do elenco, com problemas ou insatisfações, deixam ambiente pesado e delicado no Corinthians. Saídas, indefinição de futuro ou pouco espaço são questões tratadas por comissão e diretoria do clube, que tentam não perder o comando na nova fase da equipe, após a eliminação na Copa Libertadores. Confira cada caso entre líderes corintianos.

Emerson Sheik e Guerrero: clube não quis (pôde) renovar


Emerson Sheik e Guerrero foram avisados que sairão no meio do ano, por não terem os contratos renovados. Herói da Copa Libertadores de 2012, o primeiro saiu em 2014 em atrito com o atual presidente, Roberto de Andrade, e o ex-técnico Mano Menezes. Voltou nesta temporada por aval de Tite, ainda na gestão de Mário Gobbi Filho. Após deslizes fora de campo e ainda ausências em momentos decisivos, não vai seguir no clube. Sua idade (36 anos) e salário (R$ 520 mil) também pesaram para o adeus. Apesar de manter-se calado, não gostou como tem sido tratado, já que virou reserva de Mendoza e só tem entrado no 2º tempo.

No caso de Guerrero, o peruano não abriu mão de receber luvas milionárias (R$ 18 milhões) e o clube avisou que não poderia renovar sem contrato por conta da crise financeira que vive. Ele deve fazer a sua despedida neste domingo, em clássico contra o arquirrival Palmeiras, disputado na Arena Corinthians. Depois, viaja em preparação para defender o Peru na Copa América do Chile.

No último domingo, após o empate por 0 a 0 com o Fluminense, no Maracanã, ele afirmou que pensava no melhor para ele que viu que o Corinthians não pode pagar o que ele sempre pediu ao clube.




Elias não será do Flamengo. A decisão, tomada na véspera da partida contra o Fluminense, foi consequência de um espécie de jogo de empurra entre ele e diretoria do Timão no sábado.

Nenhuma das partes quis ficar com o ônus da saída perante à Fiel. Elias soube do interesse carioca, não rechaçou a chance logo de cara e pediu que os dirigentes do Fla entrassem em contato com os dirigentes do Corinthians que, por sua vez, pediram ao jogador para tomar a decisão e reconhecesse o interesse perante à torcida.

Como nem os cartolas do Timão nem o atleta quiseram assumir o ônus da saída, optou-se pelo que se tinha: Elias no Timão, onde está desde meados de 2014, e Flamengo sem reforço. Tite queria deixá-lo fora do jogo contra o Fluminense, mas Elias ‘se bancou’ e foi ao Rio.

Love: fora na Liberta e sacado pela parte física
Após jogo de empurra, Elias fica


Contratado por R$ 500 mil mensais, para fazer sombra a Guerrero, Love não conseguiu render quando ganhou chances como titular. Nas oitavas de final da Libertadores, contra o Guaraní, começou a ser mais preterido: foi reserva e não entrou em Assunção, e nem sequer foi relacionado no duelo de volta, na Arena Corinthians – Tite preferiu Romero. Após análise da comissão técnica e do gerente Edu Gaspar, foi barrado para melhorar o condicionamento físico e só voltará no duelo contra o Grêmio, no dia 3 de junho.

Cristian: ídolo quase encostado


De volta ao clube após cinco anos na Turquia, ídolo voltou abaixo da condição física ideal, por não atuar desde maio de 2014 e por ter sofrido uma pubalgia na época. Depois de fazer trabalhos especiais e ganhar mais ritmo, teve raras chances na considerada equipe principal. Desde o mata-mata do Paulistão, ficou fora de todas as decisões – em vários jogos, foi cortado dos reservas. Como parte de seus salários são em direito de imagem, está na turma dos que têm grana a receber do clube e não tem se mostrado satisfeito. Também gostaria de ter sido testado, de fato, entre os titulares.

Ralf, Fábio e Danilo querem definição logo


Fábio Santos, Ralf e Danilo, titulares em todos os cinco títulos de Tite em sua última passagem pelo Corinthians, têm contrato apenas até 31 de dezembro deste ano. Apesar de faltar mais seis meses, os três deram entrevistas recentes que esperam ser procurados o quanto antes para renovar. Pela análise atual da diretoria e da comissão técnica, no entanto, nenhum dos três deve seguir no clube no próximo ano. Todos têm idade avançada e salários altos – a ideia é enxugar a folha com saídas. Para querer uma definição agora, o trio se baseia na atitude que o clube teve com Jadson, que ficou perto de sair para a China e renovou durante a Libertadores O meia também é mais experiente e também tinha contrato até o fim do ano.

Dracena, agora titular, era outro

Edu Dracena virou titular do Corinthians e, ao lado de Gil, compõe uma das duas zagas que ainda não foram vazadas no BR-15 – Goiás é o outro. Mas nem sempre foi assim. Após acertar a rescisão de contrato com o Santos, o zagueiro foi trazido pelo Timão, mas teve de ficar no banco na maioria dos jogos importantes, vendo Felipe ser titular. Dracena nunca escondeu a chateação com a situação e prometeu brigar pela titularidade. Com o início do BR-15, conseguiu...