O Corinthians tem uma difícil missão nesta quarta-feira: precisa superar uma desvantagem de dois gols, mas a diretoria alvinegra se mostra tranquilo em relação à sequência da temporada. De acordo com o presidente Roberto de Andrade, uma possível eliminação da Libertadores diante do Guaraní, do Paraguai, em Itaquera, não altera o planejamento feito anteriormente.
– Não muda nada. O planejamento está feito. Isso no sentido de atletas em renovação – explicou o presidente do Timão, que luta para amenizar a crise financeira vivida pelo clube.
A permanência na Libertadores, aliás, seria um dos trunfos usados pela diretoria alvinegra para obter recursos. A competição continental aumentaria a visibilidade da marca corintiana. Além disso, a Conmebol paga R$ 1,9 milhão aos times que chegam às quartas de final.
O dinheiro da Libertadores serviria para pagar dívidas. Emerson Sheik, por exemplo, tem dez meses de direitos de imagem atrasados. A classificação também permitiria planos mais otimistas da diretoria, que admite a necessidade de aumentar o elenco para o Campeonato Brasileiro.
– A tendência é que fortaleça mais o time, se seguir – resumiu Roberto de Andrade.
Se tudo der certo, e o presidente confirmar a chegada de reforços para o Corinthians, quem deve ter dor de cabeça é Tite. O treinador já vem tendo trabalho para lidar com um elenco grande.
Elenco do Corinthians treina para o jogo desta quarta-feira
Com altos salários, o atacante Vagner Love e o volante Cristian foram cortados até do banco de reservas para a partida desta quarta-feira. Roberto de Andrade, no entanto, minimiza a questão, dizendo que todos são titulares.
– Você não traz com a obrigação de ser titular.
Só jogam 11. Não existe marketing maior do que o time ganhar. Quem sabe qual o melhor time é a comissão técnica. Começamos o Brasileiro, temos de ter um elenco maior.
Todos são titulares – respondeu o presidente, analisando seu mandato até o momento.
– Na realidade, tínhamos conhecimento da dificuldade, mas não precisava ser tanta. Isso nos faz levantar mais cedo e trabalhar mais. Todo mundo empenhado procurando o melhor. Cortando custos, reduzindo despesas, e correndo atrás de receitas... Cada ano será melhor, mas temos de passar 2015, estamos em maio. Temos de trabalhar e trabalhar – finalizou.