A torcida do Corinthians já havia esgotado os ingressos disponíveis para a partida contra o Guaraní, na próxima quarta-feira, antes mesmo da derrota por 2 a 0 para o mesmo adversário no Defensores del Chaco. Para o técnico Tite e os seus comandados, a importância de contar com o apoio do público em Itaquera se tornou ainda maior a partir do jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América.

“Temos consciência de que, com o carinho do nosso torcedor, dentro da nossa casa, podemos buscar esse resultado”, disse um aparentemente abatido Tite, para quem o Corinthians tem “totais condições” de vencer o Guaraní por três gols de diferença ou devolver o 2 a 0 e levar a decisão para os pênaltis.

Antes mesmo da rápida entrevista coletiva concedida pelo comandante, os jogadores do Corinthians já haviam começado a se apegar à torcida na tentativa de reação. “Com o apoio do nosso torcedor, se Deus quiser,

conseguimos essa virada”, disse o lateral esquerdo Fábio Santos, consciente de que só a cantoria das arquibancadas não é suficiente. “A gente sabe que o torcedor corintiano sempre faz o papel dele fora de campo. Cabe a nós fazer o nosso em campo para buscarmos essa classificação para as quartas de final.”

Quem joga pouco demonstrou maior confiança. O atacante Malcom, que Tite só mandou aos 33 minutos do segundo tempo mesmo com a má atuação do Corinthians no Paraguai, bradou: “Tomamos os gols por desatenção, mas, no Brasil, vamos reverter esse placar”.

Já o centroavante Paolo Guerrero, recuperado de dengue, saiu irritado do gramado e evitou conceder entrevista. Antes de voltar a se preocupar com o Guaraní, o time do peruano enfrentará o Cruzeiro no domingo, na Arena Pantanal, em sua estreia no Campeonato Brasileiro – provavelmente com reservas.