Renato Augusto disse ter ouvido um pedido de desculpa de Emerson pela expulsão no clássico do Corinthians contra o São Paulo, na última quarta-feira, no Morumbi. Ainda que contestado, o cartão vermelho exibido aos 18 minutos do primeiro tempo acabou sendo decisivo na vitória tricolor por 2 a 0.

“Ele estava no canto do vestiário, chateado. Eu ainda não tinha visto o lance, perguntei o que houve. Ele falou que não era para expulsão, mas que acabou dando brecha, margem para que ocorresse a expulsão. Pediu desculpa, ficou muito chateado. Isso fez muita diferença no jogo”, contou o meia.

Emerson foi excluído da partida por dar um leve toque, longe da bola, no tornozelo de Rafael Toloi e derrubá-lo. Foi um revide por seguidos pisões do beque do São Paulo, que não foi advertido nem com cartão amarelo pelo pressionado árbitro Sandro Meira Ricci.

Sheik não concordou com o juiz, mas admitiu o erro a Renato e teve sua compreensão. “Ele teve o seu deslize, mas agora é hora de trazê-lo de volta ao grupo. Não tem que ficar crucificando ninguém. Falar em grupo quando se está ganhando, é muito mais fácil. Temos que trazê-lo de volta porque vai ser muito importante para a gente.”

Logo após a partida, Tite evitou comentários mais profundos sobre a expulsão do camisa 11, limitando-se a dizer que levaria a questão internamente. A aposta de Renato Augusto é que houve ou haverá reprimenda a Emerson e a Mendoza, outro mandado para fora pelo repentinamente enérgico Ricci.
O treinador, que adora citar a expressão “fair play”, já teve lidar com seis cartões vermelhos nesta temporada. “O Tite preza a lealdade, é uma coisa que ele sempre fala: ‘Entra duro, mas na bola, sem maldade, sem levantar o pé’. Com certeza, tanto o Sheik quanto o Mendoza vão conversar com ele”, previu Renato.