Tite admitiu que o Corinthians fez uma partida “abaixo de seu padrão normal” na derrota por 2 a 0 para o São Paulo, mas aplicou a avaliação apenas aos 20 minutos iniciais, de 11 contra 11. Daí em diante, as expulsões mudaram a cara do jogo, mas o treinador pediu para não comentar a atuação de Sandro Meira Ricci.

“Não vou falar. Não vou falar de arbitragem. Há pessoas capacitadas para falar isso, comentaristas de arbitragem. Não vou falar”, disse o gaúcho, recusando-se também a especular sobre a influência da pressão do presidente são-paulino Carlos Miguel Aidar. “Não me faça essa pergunta. Não me faça essa pergunta. Sério, Sério.”

Ricci expulsou Emerson ainda na parte inicial da partida, por, longe da bola, ter derrubado Rafael Toloi com leve toque no tornozelo. Aos nove minutos do segundo tempo, já com o placar que seria final, botou para fora o alvinegro Stiven Mendoza e o tricolor Luis Fabiano, com critério muito questionado.


Antes mesmo de o cartão vermelho emergir do bolso do árbitro, no entanto, o Corinthians era dominado pelo rival. “Fez um primeiro tempo abaixo. Fez. Muitos incidentes dentro do jogo acabaram determinando isso. Começou melhor o São Paulo, colocando intensidade, um volume maior”, comentou Tite.

Ele até gostou da volta de seu time do intervalo, com Mendoza no lugar de Vagner Love, mas o colombiano foi rapidamente expulso. A partir daí, virou um dez contra nove no qual a formação preta e branca se satisfez em perder só por dois gols de diferença.

“Tenho que picotar a avaliação. Tem antes da expulsão, depois da expulsão. Conseguimos equilibrar, depois teve outro expulso. Foi muito acidente nesse jogo para que seja feita uma análise limpa. Mas esteve abaixo do padrão nos 20 minutos em que não estava com um a menos”, disse o gaúcho.

Por fim, o treinador admitiu que o São Paulo entrou em campo em estado de ânimo diferente por ainda estar brigando pela sua classificação – o Corinthians já tinha a liderança da chave assegurada. “Sim. Animicamente, é diferente. Absolutamente, não se retira o mérito do adversário. Mas é assim, sim.”