A cena daquele empate de 1 a 1 entre Palmeiras e Corinthians não sai da cabeça do atacante Oséas, que atuava pelo Palmeiras, em 1998. Marcelinho Carioca cobra um escanteio pela direita e ele sobe sozinho para marcar de cabeça: um gol contra.
Até hoje ele é cobrado pelo ato falho. Ao contrário de muitos que o acusam de ter sofrido um apagão e cabeceado propositalmente contra as próprias redes, ele afirma que a sua intenção era colocar a bola para escanteio.
"O Marcelinho era foda. Batia muito bem na bola. A minha intenção mesmo era jogar a bola para fora, para escanteio. Eu tenho consciência que a minha intenção era jogar a bola para fora, mas foi uma cabeçada de centroavante mesmo. Tanto que o Veloso ficou parado. Em seguida o Cléber veio e já me abraçou. Chamou a galera para me abraçar, mas a resenha foi depois...", diz ele.
Oséas conta que saiu no intervalo para a entrada de Cris, que empatou o jogo e deu números finais à partida. "O problema é que ninguém lembra do gol do Cris. Só lembra dessa parada aí. Fazer um gol para o maior rival. A repercussão foi grande mesmo. Todo mundo sabe que eu fiz muitos gols a favor, mas até hoje, quando eu ando por aí, o pessoal lembra desse gol. Fiz gols importantes na Libertadores, mas ninguém esquece esse aí. Faz parte da vida, pô".
No clássico, ele diz que tem um gol na memória contra o Corinthians, que dedicou à filha de Zinho, que atuava com ele no Palmeiras. "Foi um gol simples. Foi uma cobrança de falta que o goleiro rebateu e eu fiz o gol. Fui para a câmera da TV e dediquei à filha do Zinho. Foi importate porque eu dediquei este gol a uma pessoa muito especial", diz.
Na história do clássico, Amaral, que atuou pelos dois clubes, se lembra de histórias com as duas camisas. A primeira, pessoalmente não é das melhores. Ele foi expulso no primeiro jogo da final de 1993, vencido pelo Corinthians por 1 a 0, com um gol de Viola. "Marcou muito para mim porque o Palmeiras estava na fila. Apesar de eu não ter jogado a segunda partida, eu concentrei com o grupo e conseguimos ser campeões em cima do Corinthians", lembra.
Em 1999, ele participou com a camisa do Corinthians do título paulista sobre o Palmeiras. A partida final foi interrompida por uma briga generalizada entre os jogadores dos dois times, mas Amaral diz ter sido poupado.
"Eu já tinha sido jogador do Palmeiras e queria separar a briga. A sensação foi estranha, porque eu joguei no Palmeiras e eu não queria bater em ninguém de lá. Fui apartando e os caras falavam 'não dá no Amaral, não bate nele porque ele já jogou aqui' (risos). Então eu fiquei só apartando o pessoal", lembra.
Para a semifinal deste domingo, ele prevê que a decisão só se dará nos pênaltis. "O Corinthians tem um time mais entrosado, mas o Palmeiras tem jogadores que decidem. Espero que os dois times façam uma boa partida. Vai ser uma final antecipada, vai ser um jogo inesquecível. É um jogo de cachorro grande. Vai decidir nos pênaltis".
O colombiano Rincón também defendeu os dois times. Os jogos mais marcantes dele, jogando pelo Corinthians, foram os da Libertadores de 1999/2000. "Os clássicos para mim sempre foram significativos. São aqueles jogos difíceis, sempre emocionantes", afirma.
Pelo Palmeiras, ele se recorda de um gol de canhota, após receber um passe de Djalminha, e um jogo entre os dois clubes no Paulista de 1994.
Para este domingo, ele diz que o Corinthians está em um melhor momento e está tem um bom ritmo. "Falar quem vai ganhar, um ou outro, é coisa para torcedor", afirma.
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