Ao mesmo tempo em que impõe respeito, o retrospecto do Corinthians em Itaquera serve de alento para a Ponte Preta nas quartas de final do Paulistão. Por mais contraditório que isso possa parecer diante do aproveitamento de 81,1%. A explicação está no banco de reservas. De volta ao estádio, Guto Ferreira defende o status de único carrasco do Timão na nova casa. Era ele o técnico do Figueirense quando os catarinenses estragaram a inauguração da arena ao fazer 1 a 0, em 18 de maio de 2014.
Foi a única derrota do Corinthians no local em 30 jogos. Desde que Giovanni Augusto superou Cássio em um chute cruzado, a equipe está invicta como mandante, com 22 vitórias e sete empates, entre o fim da era Mano Menezes e a terceira passagem de Tite pelo clube. Na atual temporada, os números impressionam ainda mais. São nove triunfos em 11 partidas - perdeu pontos somente nos empates com RB Brasil e Santos. No geral, contando também o ano passado, fez 64 gols e sofreu 19.
Apesar de simpatizar com superstições - como por exemplo a camisa amarela na campanha do acesso à elite, Guto Ferreira evita usar o feito com o Figueirense como parâmetro para as quartas de final do estadual. Para o comandante alvinegro, o contexto totalmente diferente impede comparações.
- É outro momento, outro treinador do Corinthians, eu também estava em outro time. É claro que será uma questão que a imprensa vai comentar muito. Que bom que conseguimos (com o Figueirense). Nos dá confiança de buscar novamente, mas não quer dizer nada. É tudo diferente. Se conseguirmos estar no melhor dia, competitivo, fazendo um grande jogo, temos possibilidade de vencer, sim - disse Guto.
Será uma espécie de tira-teima entre as equipes no histórico recente do Paulistão. É a terceira vez em quatro anos que eles se enfrentam nas quartas de final. Em 2012, a Macaca passou pelo Timão com vitória por 3 a 2 no Pacaembu. O troco aconteceu no ano seguinte, quando o Corinthians eliminou a Ponte ao golear por 4 a 0 em Campinas.
Classificada desde o fim da semana passada, a Macaca usou a vaga antecipada para guardar energias para o confronto decisivo. A exemplo do que Tite fez com o Timão em Piracicaba, contra o XV, Guto poupou a maioria dos titulares em Capivari.
Agora na Ponte, Guto tem a chance de repetir feito contra o Corinthians na arena