O técnico Tite, do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians)

O Corinthians enfrenta neste domingo o Santos, às 16h, na Arena Corinthians, com o técnico Tite alerta à disciplina de seus comandados. No Paulistão, receber um cartão amarelo credencia o jogador corintiano a ser substituído quase que imediatamente: de cada cinco jogadores que levam amarelo, dois são substituídos se isso ainda é possível, no caso de as três substituições ainda não terem sido feitas. Foram 21 amarelos antes de a terceira substituição ser realizada e oito deles deixaram o campo, sendo que cinco deles quase imediatamente, até dez minutos após a primeira punição do árbitro. Dois que ficaram em campo acabaram expulsos.

- Até conversei com o Edílson esses dias e perguntei a ele se algum dos cartões que ele levou foi desnecessário (o lateral é o único corintiano suspenso para o clássico). Temos cuidado com todos os aspectos. Esse é um aspecto, sim. Nosso time já é maduro e toma poucos cartões. Queremos evitar ao máximo situações como essas novamente - afirmou o técnico Tite.

Nos dois clássicos que disputou no Paulistão-2015, o Corinthians teve atletas expulsos. Contra o Palmeiras, o goleiro Cássio recebeu o cartão vermelho aos 11 minutos do segundo tempo por fazer cera apenas três minutos após levar um cartão amarelo pelo mesmo motivo. Na partida contra o São Paulo, o zagueiro Gil foi expulso aos 7 minutos do segundo tempo por colocar a mão na bola. Havia recebido o amarelo aos 31 minutos do primeiro tempo. Defensor, poderia ter sido substituído no intervalo.

Como venceu as duas partidas, o corintiano mais supersticioso deve estar rezando para que sua equipe receba pelo menos um cartão vermelho logo no início da partida. Mas como o técnico Tite é muito mais racional e detalhista, vem tratando a questão com cuidado. Em 13 jogos no Paulistão, o Corinthians recebeu 24 amarelos e dois vermelhos.

E o técnico santista Marcelo Fernandes também tem seus motivos para estar preocupado com a disciplina: em 13 jogos, o Santos recebeu 31 amarelos e três vermelhos. A diferença é que as expulsões não aconteceram em clássicos. O Santos empatou com o São Paulo em casa e venceu o Palmeiras como visitante.

Assim como no adversário deste domingo, receber um cartão amarelo é se credenciar para deixar o campo. Santistas receberam 24 amarelos antes de as três substituições terem sido realizadas e oito jogadores deixaram o campo. Ou seja, de cada seis punidos, dois deixam o gramado.

O técnico Marcelo Fernandes, do Santos (Foto: Ricardo Saibun/Santos FC)

- Logicamente, isso é pensado. Com certeza, quando toma um cartão amarelo no meio do jogo, tem de se precaver para não ficar com dez em campo. Se com 11 já é difícil, fica quase impossível ganhar o jogo (com um jogador a menos) - disse o técnico Marcelo Fernandes.

Ainda sob o comando de Enderson Moreira, contra o RB Brasil o lateral direito Cicinho levou um cartão amarelo aos 13 minutos do segundo tempo. Aos 32, o treinador fez a terceira mudança tirando Ricardo Oliveira para colocar o também atacante Lucas Crispim com a equipe vencendo por 2 a 1. Aos 42, Cicinho foi expulso. O RB Brasil ficou com um a mais nos seis minutos finais, mas o Santos confirmou a vitória.

Contra a Ponte Preta, já com Marcelo Fernandes à frente da equipe, Cicinho levou amarelo aos 35 minutos do primeiro tempo e Valencia, aos 21 minutos do segundo tempo, quando a Ponte já vencia por 3 a 1. O treinador tirou Geuvânio e colocou Thiago Ribeiro aos 23. Valencia foi expulso aos 28, tornando a reação mais difícil. Aos 30, Gabriel saiu para a entrada de Elano. Cicinho foi expulso aos 50 minutos.