Lucas Lima posa como maestro na Vila Belmiro (Foto: Ivan Storti / LANCEPRESS!)


Por ser o líder de assistências do Santos no Paulistão, com cinco passes para gol, Lucas Lima passou a ser chamado de maestro por alguns de seus fãs e torcedores nas redes sociais. Na prática, ele justificou o apelido com outros atributos além dos passes. Enquanto um maestro legítimo se preocupa com toda a orquestra, desde os instrumentos de corda até os de percussão, o camisa 20 do Peixe é encarregado também de ajudar a defesa. Com 34 desarmes, ele é o ladrão de bolas do Alvinegro.

Neste domingo, diante do Corinthians, às 16h, em Itaquera, ele espera que o time possa ter o controle do jogo, e como um maestro, ele quer ditar o ritmo em busca da vitória.

É meio que isso mesmo, me preocupo em marcar, em dar passes, fazer gol... Procuro me dividir, pensar lá na frente e lá atrás. Ganhar clássico é muito bom, ganhar do Corinthians, lá na casa deles, seria mais legal ainda - conta o principal armador santista em entrevista ao LANCE!.

Da mesma forma que Lucas Lima não estava acostumado com tanto assédio por parte dos torcedores, também é novidade para ele ser uma das principais armas de um gigante paulista em um clássico.

Apesar de ele já ter sido protagonista em jogos decisivos quando atuou pelo Sport, ele lembra que em um confronto entre gigantes paulistas a pressão é bem diferente.

– É uma coisa nova para mim ser comparado a grandes jogadores e falarem que eu e o Robinho é quem podemos decidir, me deixa feliz. Lembro um contra o Náutico, quando eu estava no Sport. Eu entrei e fiz a jogada do segundo gol, foi 2 a 1, no Pernambucano de 2013. Esses jogos ficam na memória - completa.

E enquanto todos os santistas estiverem com as atenções voltadas para Itaquera, torcendo por um gol que diminua a distância de cinco pontos que os dois Alvinegros têm na tabela, com a vantagem para o Timão, Lucas será um dos candidatos a balançar as redes. Mas no momento, o que ele quer mesmo é dar um passe para que o Peixe consiga vazar Cássio, e seus números aumentem.

– Quando vi os números, comecei a querer dar mais assistências!.
Seja jogando por música, ou simplesmente para neutralizar o rival, o torcedor quer continuar tendo motivos para dar mais e mais apelidos.



Confira o bate-bola com Lucas Lima:

Prefere colaborar com uma assistência do que um gol?

Para mim é como se fosse um gol. Também gosto de fazer gol. Mas assistência é importante. É uma uma forma de ajudar a equipe.

Seu nome é especulado em clubes europeus a todo momento. Uma boa atuação contra o Corinthians aumentaria isso?

Nesses grandes jogos se vê quem é um grande jogador de verdade. Acho que este é um dos maiores clássicos paulistas, senão o maior. Todos vão assistir. Eu vou mostrar meu valor e tentar dar o meu melhor, mas para ajudar o Santos a ser campeão.

Por ser um meia que dá muitos passes e se preocupa em marcar, se considera moderno?

Eu acho que sim. Hoje o futebol exige que seja muito mais coletivo. Minha função é essa, em prol da equipe. Tenho que jogar para o time poder funcionar também. Quero melhorar meu futebol, para melhorar a equipe também. Por isso os técnicos cobram que a gente seja mais dinâmico.

Por este fato, se considera mais pronto para a Europa?

Quero um dia jogar na Europa, é um sonho, mas acho que para estar lá tem que fazer o máximo, para quando chegar lá, estar no nível.

Se pudesse controlar o time como um maestro controla a música, como o Santos se comportaria no mata-mata do Paulistão?

Decidindo em casa, tem que começar presisonando. Se a gente começa forte na Vila, é mais difícil parar o Santos. Tem que ser compacto e equilibrado ao mesmo tempo. Sem deixar de atacar o adversário.