O presidente do Danubio (URU), Óscar Curutchet, admitiu que o zagueiro Cristian González chamou o volante Elias de macaco, durante o jogo contra o Corinthians, na última quarta-feira, na Arena de Itaquera, pela Libertadores. A injúria racial aconteceu quando a partida estava paralisada para a cobrança de falta de Jadson que originou o primeiro gol da vitória corintiana por 4 a 0.

– Entrei em contato com a delegação. Efetivamente, foi um momento de sangue quente e as reações que se pode ter em um momento desses, mais ainda depois de sofrer uma derrota como essa – afirmou Curutchet ao programa “Último al Arco de Sport 890” e reproduzidas pelo jornal uruguaio “El Observador”.

– O do Cristian é isso aí, a expressão foi essa (macaco). É uma expressão não habitual no futebol uruguaio... Perguntaram o que ele disse e foi isso. Houve insultos muito mais fortes de jogadores do Danubio aos brasileiros e do outro lado também – afirmou o presidente do Danubio, que preferiu defender o seu zagueiro.

– Não quero justificar o ato de Cristian, que é um garoto de 18 anos e de bem, mas não vou difamá-lo pelo que aconteceu. É um momento da partida. Os jogadores comentaram que foi difícil suportar as injustiças durante o jogo – completou.

Depois da partida, o zagueiro uruguaio não comentou o assunto. Elias só falou a respeito no dia seguinte, por meio de sua assessoria de imprensa.

– Antes da cobrança da falta, fui chamado de macaco pelo González. Após o gol, durante a comemoração, ele repetiu o insulto, desta vez com gestos imitando um macaco – comentou o volante corintiano.
Elias e a diretoria do Corinthians, no entanto, preferiram não registrar o caso em uma delegacia, já que injúria racial é crime de acordo com o Código Penal Brasileiro (artigo 140, §3º, no Título I, capítulo V, da Parte Especial).

O presidente do Corinthians , Roberto de Andrade, disse apenas que a melhor resposta para o caso o time deu em campo, com a vitória por 4 a 0.

A Confederação Sul-Americana de Futebol ainda não se pronunciou sobre o caso.